Lucro do Bank of America mais do que dobra com menos provisões
O lucro do Bank of America mais do que dobrou no primeiro trimestre e superou as estimativas de Wall Street, uma vez que o banco reduziu provisões que havia reservado para cobrir potenciais perdas com empréstimos em razão da pandemia de coronavírus.
O segundo maior banco dos EUA em ativos desbloqueou 2,7 bilhões de dólares de suas reservas e revelou um plano de recompra de ações de 25 bilhões de dólares, apostando em uma rápida recuperação econômica impulsionada pela agilidade no processo de vacinação contra a Covid-19.
A receita de banco de varejo, no entanto, caiu 12%, para 8,1 bilhões de dólares no trimestre encerrado em março. A margem financeira (NII), uma medida chave de quanto o banco pode ganhar com empréstimos, caiu 16%, para 10,2 bilhões de dólares.
“Enquanto as baixas taxas de juros continuaram a desafiar a receita, os custos do crédito melhoraram e acreditamos que o progresso na crise da saúde e na economia apontam para uma recuperação acelerada”, disse Brian Moynihan, presidente-executivo do banco, em um comunicado.
Os juros extremamente baixos nos Estados Unidos, uma das medidas para ajudar na recuperação econômica, corroem a receita de bancos como o Bank of America, que lucram com a diferença entre o que ganham com os empréstimos e o que pagam com os depósitos.
O lucro líquido aplicável aos acionistas ordinários aumentou para 7,56 bilhões de dólares, ou 0,86 dólar por ação, de 3,54 bilhões de dólares, ou 0,40 dólar por ação, um ano antes.
Analistas esperavam, em média, um lucro de 0,66 dólar por ação, de acordo com dados IBES da Refinitiv.
O lucro antes dos impostos e da provisão, visto neste trimestre como uma medida melhor do verdadeiro desempenho dos bancos, caiu 21% em relação ao ano anterior.
Em comparação, o JPMorgan disse na quarta-feira que seu lucro pré-provisionamento do primeiro trimestre subiu 18%, enquanto o Wells Fargo reportou uma queda de 13%.