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Lucro da Toyota cai 42% com maiores custos e problemas de fornecimento

04 ago 2022, 12:33 - atualizado em 04 ago 2022, 12:33
Toyota
O lucro operacional dos três meses encerrados em 30 de junho caiu para 578,66 bilhões de ienes (4,3 bilhões de dólares) ante 997,4 bilhões de ienes no mesmo período do ano passado, disse a Toyota (Imagem: Facebook/oyota do Brasil)

O lucro trimestral da Toyota caiu 42% no primeiro trimestre fiscal ante um ano antes, resultado pior do que o esperado por analistas, uma vez que a montadora japonesa foi impactada por restrições de oferta e custos crescentes.

O lucro operacional dos três meses encerrados em 30 de junho caiu para 578,66 bilhões de ienes (4,3 bilhões de dólares) ante 997,4 bilhões de ienes no mesmo período do ano passado, disse a Toyota nesta quinta-feira.

A empresa cortou repetidamente as metas mensais de produção devido à escassez global de chips e às restrições sanitárias ligadas à Covid-19 em fábricas na China.

A magnitude do efeito negativo nos lucros foi muito além das expectativas – analistas consultados pela Refinitiv estimavam uma queda de 15% – e pareceu pegar os investidores de surpresa.

As ações da Toyota, maior montadora do mundo em vendas, fecharam em queda de 3%.

A montadora disse que o aumento dos preços de matérias-primas custou 315 bilhões de ienes.

Apesar do trimestre ruim, a Toyota manteve sua projeção de lucro operacional em 12 meses, bem como a intenção de produzir 9,7 milhões de veículos neste ano fiscal, citando o que forte demanda residual.

A produção aumentaria no segundo semestre do ano fiscal, disse um porta-voz da empresa.

Para o lucro líquido anual, a Toyota elevou em 4% sua projeção, a 2,36 trilhões de ienes, ajudada pela fraqueza da moeda japonesa, o que significa que as vendas registradas em moedas estrangeiras se tornam mais valiosas.

Ainda assim, o impulso do iene mais fraco não foi suficiente para compensar totalmente o impacto do aumento dos custos de materiais, disse Seiji Sugiura, analista sênior do Tokai Tokyo Research Institute.

A montadora espera que os custos de matérias-primas para o ano inteiro aumentem em 17%, para 1,7 trilhão de ienes, em relação à estimativa anterior – a maior parte devido ao aumento dos preços do aço e do alumínio.

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