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Lucro da M. Dias (MDIA3) sobe 64% no 2º tri com melhores preços e gestão de custos

12 ago 2022, 18:36 - atualizado em 12 ago 2022, 18:36
M. Dias Branco MDIA3
O preço médio dos produtos da empresa subiu 36% em relação ao segundo trimestre do ano passado (Imagem: Divulgação/M. Dias Branco)

A M. Dias Branco (MDIA3), líder nos mercados de biscoitos e massas no Brasil, registrou lucro líquido de 233,5 milhões de reais no segundo trimestre, aumento de 64% ante igual período do ano passado com melhora nos preços dos produtos e gestão de custos, que seguem altos, conforme balanço divulgado nesta sexta-feira.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) mais que dobrou para 357,1 milhões de reais, um avanço de 113,6% no ano a ano.

A margem Ebitda da companhia cresceu 5,8 pontos percentuais no período, para 14,3%.

“Eu diria que o lucro se deve a três coisas: a primeira é a gestão do aumento de preço médio; gestao de custos, compras, hedge e estoques, consegui operar com custos abaixo dos praticados pelo mercado; e consegui manter minhas despesas abaixo do histórico”, disse à Reuters o diretor de Novos Negócios e Relações com Investidores da M. Dias, Fabio Cefaly.

A receita líquida da companhia aumentou 26,2% no trimestre, para 2,497 bilhões de reais, um recorde para o período puxado pela estratégia de aumento gradual de preços para melhora de margens em um ambiente de inflação sobre os custos de produção.

O preço médio dos produtos da empresa subiu 36% em relação ao segundo trimestre do ano passado, enquanto o volume de vendas recuou 7%. para 419 mil toneladas.

Cefaly disse que um novo reajuste sobre o portofólio de produtos da M. Dias foi feito em agosto, e “talvez a gente não faça outro (no ano), a não ser que venha um fato novo no mercado”.

Isso porque, segundo ele, as cotações do trigo entraram em uma escalada de quedas na Bolsa de Chicago, motivada pela retomada de embarques de grãos na Ucrânia em meio à guerra.

Internamente, o país deve colher a safra nacional em breve, o que também é um fator positivo para um alívio nas despesas do cereal que é a principal matéria-prima da companhia.

Do ponto de vista de demanda, o executivo afirmou que o recuo nos volumes tem relação com o crescimento dos preços nas gôndolas, algo que tende a se ajustar ao longo dos meses.

Uma alteração no tamanho das embalagens realizada em toda a cadeia, para tamanho menores, também contribuiu para o recuo nos volumes comercializados no trimestre.

“Agora, a demanda está boa e aproveitamos alguns momentos em que os preços das commodities caíram para ampliar a formação de estoques tanto dos insumos quanto dos produtos terminados, para passar pelo terceiro trimestre, quando o consumo pode ficar aquecido”, acrescentou.

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