Lucro da BR Distribuidora cresce 23,9% no primeiro balanço após a privatização
A BR Distribuidora (BRDT3) apresentou um crescimento de 23,9% no terceiro trimestre de 2019, a R$ 1,336 bilhão, na comparação com o mesmo período do ano passado. Este é o primeiro balanço da empresa após a privatização.
O resultado foi impulsionado pelos recebíveis da Amazonas Energia (+ R$ 1,446 bilhão), “um importante passo na gestão de caixa”, informou a empresa.
Para o BTG Pactual, o resultado veio em linha com o esperado.
A receita líquida foi reduzida em 7,9% em função dos menores volumes de produtos vendidos associados à diminuição em 3,7% nos preços médios.
O Ebitda ajustado reportado para o período ficou em R$ 771 milhões ou R$ 74/m³ em comparação com um valor de R$ 631 milhões ou R$58/m³ anotado um ano antes.
O valor foi incrementado pelo benefício de receitas operacionais extraordinárias de aproximadamente R$ 73 milhões ou R$ 7/m³. Desconsiderando este valor, o Ebitda de R$ 698 ficou 9% abaixo do estimado pelo BTG.
Vendas
O volume total de vendas caiu 4,4% em função da queda nas vendas de diesel não térmico, decorrente do acirramento da competitividade tanto nos segmentos de postos quanto em grandes consumidores e da não ocorrência de despacho pelas térmicas clientes, explica a empresa.
Os números vieram 2% abaixo da projeção do BTG.
Para o banco Safra, apesar de a empresa estar aprimorando suas operações e processos, o cenário competitivo para os distribuidores de combustível permanece desafiador. A recomendação neutra foi reiterada, enquanto os analistas esperam melhores catalisadores antes de reavaliar a empresa.