Lucre com ações ESG em dezembro e veja as dicas do maior levantamento do mercado

O pensamento “verde” no mercado financeiro já é uma realidade e reflexo disso é revelado pela maior cobertura dos analistas de ações de empresas que respeitam os temas ESG (Environmental, Social and Corporate Governance). A própria B3 já possui um ETF (ESGB11) sendo negociado em seu pregão.

O Money Times foi atrás destas avaliações, para dezembro, e encontrou oito analistas – Ágora, Ativa, Banco Safra, BB Investimentos, BTG Pactual, Genial Investimentos, Santander e XP –  que produzem indicações específicas para empresas com o compromisso ESG. Foram 40 empresas diferentes em 75 recomendações. Cinco delas obtiveram quatro ou mais sugestões. Confira abaixo o porquê de cada uma estar neste portfólio verde.

Weg (WEGE3)

A fabricante de equipamentos industriais está de novo na liderança da escolha dos analistas. “Vemos a WEG como uma das companhias mais bem posicionadas na ótica ESG de nossa cobertura”, aponta a XP Investimentos.

“A WEG se beneficia da tendência de investimentos em energia limpa e em motores elétricos mais eficientes. Essas tendências significam oportunidades de crescimento para a empresa, mas quando pensamos nas práticas ESG da WEG, também nos sentimos confortáveis”, analisa o BTG.

Lojas Renner (LREN3)

Com cinco sugestões, uma a mais do que em novembro, a Renner ficou mais uma vez na segunda colocação do levantamento.

A Ágora Investimentos ressalta a produção sustentável de matérias-primas da empresa, como o algodão certificado.

“Um dos materiais priorizados pela companhia para reduzir os impactos de matérias-primas é o algodão certificado pela Better Cotton Initiative (BCI), organização global sem fins lucrativos que avalia o processo produtivo do algodão em critérios de respeito aos direitos trabalhistas na cadeia; uso consciente da água, produtos químicos e defensivos agrícolas; e preservação da saúde do solo e dos habitats”, avalia a corretora.

Leia também

Empresas

Novo plano da Petrobras (PETR4) é ‘extremamente factível e realista’, diz Chambriard

Comprar ou vender?

Petrobras (PETR4): O fator no plano de negócios que pode abrir caminho para mais dividendos

Natura (NTCO3)

Também com cinco sugestões entre as oito coletadas, a Natura ficou empatada na segunda posição.

“A visão ESG do Grupo Natura&Co vem de longa data. Há décadas, a Natura, empresa brasileira do Grupo que completou 50 anos em 2019, é conhecida pela forma como integra a sustentabilidade ao seu modelo de negócios. As demais companhias do Grupo (Avon, The Body Shop e Aesop), também possuem um DNA socioambiental muito forte”, destaca o BB Investimentos em seu relatório.

Suzano (SUZB3)

A fabricante de celulose ganhou duas indicações a mais e também saltou para a segunda colocação.

“A Suzano é a líder mundial na produção de celulose de mercado, conta com uma estrutura de custos muito competitiva e um posicionamento favorável para surfar a onda da sustentabilidade. A liderança em termos de produção deve ser ampliada com a construção da nova planta no Mato Grosso do Sul, que deve começar a operar em 2024, enquanto os custos devem se manter competitivos dado o foco da empresa nessa linha”, destaca o Banco Safra.

Itaú Unibanco (ITUB4)

O maior banco privado do país ganhou mais uma indicação, foi para quatro, mas desceu para a quinta posição do ranking.

O BB Investimentos lembra que, em 16 de novembro de 2021 o Itaú foi selecionado para compor pela 22º ano consecutivo o Dow Jones Sustainability World Index, que compila empresas líderes globais em sustentabilidade, sendo o único banco latino-americano a fazer parte deste índice desde sua criação, em 1999.