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Lúcio Funaro diz que maior parte das operações da JBS com o BNDES teve ilícitos

28 ago 2019, 22:01 - atualizado em 28 ago 2019, 22:01
As operações envolveram bilhões de reais, afirmou Funaro à CPI que investiga possíveis irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social no período de 2003 a 2015 (Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

O empresário Lúcio Bolonha Funaro afirmou, nesta quarta-feira (28), que foram irregulares praticamente todas as operações do grupo JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, com instituições financeiras oficiais. Ele prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito do BNDES.

“A maior parte das operações feitas pelo BNDES ou a Caixa junto ao grupo JBS possuía ilícitos. Eu não só falei aqui hoje nessa comissão como eu já falei em outros órgãos de investigação.”

As operações envolveram bilhões de reais, afirmou Funaro à CPI que investiga possíveis irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social no período de 2003 a 2015, durante os governos petistas.

Lúcio Bolonha Funaro fez delação premiada na Operação Lava Jato, foi preso e agora está cumprindo pena no regime semi-aberto. Além dos ilícitos com recursos públicos, segundo Funaro, os irmãos Batista contribuíram para destruir pequenos frigoríficos e produtores de gado.

Enriquecimento

Joesley e Wesley Batista tornaram-se os maiores produtores mundiais de proteína animal durante os governos petistas, no processo de construção dos campeões empresariais nacionais com recursos do BNDES, como ressaltou a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), que propôs a audiência com Lúcio Funaro.

“Joesley Batista queria ter uma pauta de se tornar único no Brasil. E ele teve agentes políticos que pegaram juros subsidiados, juros do povo brasileiro, em condições muito baixas, e que nós estamos pagando até hoje, para tornar essa riqueza e quebrar os pequenos frigoríficos”, disse.

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