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LSE consulta traders sobre redução de horário de negociação

10 dez 2019, 16:50 - atualizado em 10 dez 2019, 16:50
O LSE apresentou na terça-feira cinco propostas, que variam entre manter o horário atual de negociação das 8h às 16h30 e encurtá-lo em até 90 minutos (Imagem: Wikimedia Commons)

O London Exchange Group, que opera a Bolsa de Valores de Londres, começou a consultar agentes do mercado se desejam uma redução do horário de negociação, sinalizando que a empresa está aberta a mudanças e demandas de mais equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

O LSE apresentou na terça-feira cinco propostas, que variam entre manter o horário atual de negociação das 8h às 16h30 e encurtá-lo em até 90 minutos.

Todas as opções resultariam no início das negociações uma hora depois da atual. Empresas de trading, gestoras de ativos, reguladores, emissores e investidores individuais têm até 31 de janeiro para responder.

No mês passado, a Association for Financial Markets in Europe, que representa empresas de trading e bancos, e a Investment Association, grupo de lobby do Reino Unido para gestores de recursos, consultaram as bolsas da região sobre a possibilidade de um dia de negociação mais curto.

Os benefícios podem incluir melhor diversidade de gênero e capacidade de reter pessoas com compromissos familiares, disseram.

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O presidente do LSE, David Schwimmer, apontou a tendência de investidores de aguardar o fechamento de leilões para comprar e vender (Imagem: Wikimedia Commons)

No entanto, também existem fatores estruturais em jogo.

O presidente do LSE, David Schwimmer, apontou a tendência de investidores de aguardar o fechamento de leilões para comprar e vender, em vez de fazer negócios ao longo do dia.

Alguns observadores de mercado vinculam esse fenômeno à expansão de fundos de índices que dependem dos preços no fim do dia.

As opções apresentadas pelo LSE para horários de negociação mais curtos são:

– 8:30 – 15:30, horário de Londres

– 8:30 – 16:00

– 9:00 – 16:00

– 9:00 – 16:30

É uma grande distância em relação há duas décadas, quando os europeus esticavam as horas de trabalho para acompanhar os mercados nos EUA e na Ásia.

O LSE disse na terça-feira que perder qualquer uma dessas horas sobrepostas pode ser um problema para traders localizados nesses mercados. A empresa também avalia que uma abordagem coordenada por todas as grandes bolsas europeias provavelmente seria necessária para que qualquer mudança fosse eficaz.

No entanto, o LSE também nota o “amplo apoio do mercado” por um dia de negociação mais curto e disse que a liquidez estaria mais concentrada em menos horas.

Galina Dimitrova, diretora de investimentos e mercados de capitais da Investment Association, aprovou a consulta do LSE.

“Precisamos acabar com a cultura das longas horas, que é prejudicial à diversidade e à saúde mental e ineficiente para os mercados”, disse.

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bloomberg@moneytimes.com.br
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