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Louis Dreyfus vê lucro saltar 66% antes de entrada de novo investidor

25 mar 2021, 12:26 - atualizado em 25 mar 2021, 12:29
O grupo citou a resiliente demanda por produtos alimentícios como cereais e açúcar, além de margens atraentes para a soja (Imagem: Pixabay)

A Louis Dreyfus reportou nesta quinta-feira um salto de 66% no lucro líquido de 2020, à medida que uma resiliente demanda por alimentos impulsionou a comerciante global de produtos agrícolas durante a pandemia de Covid-19 e aumentou seu apelo para a ADQ, de Abu Dhabi, que se tornará um novo investidor do grupo.

Os lucros líquidos do grupo subiram para 382 milhões de dólares, de 230 milhões de dólares em 2019, enquanto os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) das operações continuadas cresceu para 1,324 bilhões de dólares, de 836 milhões de dólares.

O grupo citou a resiliente demanda por produtos alimentícios como cereais e açúcar, além de margens atraentes para a soja, associadas ao consumo chinês, além de oportunidades de “trading” em meio à volatilidade dos mercados de commodities.

A demanda enfraqueceu, no entanto, para algodão e biocombustíveis, com a pandemia reduzindo atividades nos setores têxtil e de energia.

A LDC está buscando impulsionar suas finanças por meio de um acordo para a venda de uma fatia de 45% à ADQ. A empresa também fechou um acordo em separado para vender a sua endividada empresa brasileira de açúcar e etanol, a Biosev (BSEV3), para a Raízen.

“Trazer a ADQ a bordo nos permite acelerar investimentos como parte de nossa estratégia transformacional”, disse a presidente do conselho e principal acionista, Margarita Louis-Dreyfus, em relatório anual divulgado com os resultados.

Lucros fracos e dívidas em alta nos anos anteriores haviam criado urgência na busca de Louis-Dreyfus por um investidor externo para a companhia.

O valor do negócio com a ADQ, uma estatal de investimentos, não foi revelado. A transação deve ser concluída até meados de 2021.

Mas Louis-Dreyfus disse que o negócio permitirá a ela pagar um empréstimo de 1 bilhão de dólares do Credit Suisse utilizado para a compra de fatias minoritárias de membros da família na empresa.

Já a LDC disse que os recursos também contribuirão para o reembolso de um empréstimo de 1 bilhão de dólares fornecido à Biosev.