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Lojas Renner sentirá efeitos do coronavírus até 2021, e ação não terá espaço para subir

27 ago 2020, 16:17 - atualizado em 27 ago 2020, 16:47
Lojas Renner
A Lojas Renner pretende dar continuidade ao seu plano de expansão, que pode ser adiado em um ano (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Com a reabertura de quase todas as lojas e uma nova coleção a caminho, a Lojas Renner (LREN3) está gradualmente retomando o desempenho pelo qual é conhecida e elogiada. No entanto, analistas do Credit Suisse acreditam que ela não vai alcançar todo o seu potencial em 2021, apesar de reconhecerem que a companhia é boa e tem grandes oportunidades de crescimento.

“Entendemos seus esforços para acelerar as vendas online, mas o e-commerce da Lojas Renner ainda tem pouca exposição, o que pode levar a uma performance mais fraca em receitas”, avaliam Victor Saragiotto e Pedro Pinto, em relatório obtido pelo Money Times.

Por não enxergar potencial de valorização para o papel, o banco adotou recomendação neutra para o nome, com preço-alvo em 12 meses de R$ 48.

Expansão

O Credit Suisse conversou com Laurence Gomes, CFO da Lojas Renner, e Paula Picinini, Diretora de Relações com Investidores da empresa.

Segundo os executivos, a companhia adotou uma abordagem mais promocional durante a retomada das operações físicas para ajustar os níveis de estoque e competir com preços mais agressivos no mercado. Para setembro, a empresa espera que a nova coleção alcance preços cheios, elevando as margens brutas a níveis normalizados. A Lojas Renner também acredita que voltará a gerar caixa a partir do próximo mês.

Quanto aos planos de expansão, interrompidos por conta da pandemia do coronavírus, Gomes garantiu que a Lojas Renner pretende dar continuidade ao objetivo de abrir 520 lojas, embora tenha reconhecido que o projeto pode ser adiado em um ano.