Lojas Renner (LREN3): Em meio à montanha-russa na bolsa, BlackRock vende ações
A BlackRock diminuiu participação acionária na Lojas Renner (LREN3) para 142 milhões de papéis, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (29).
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Segundo o comunicado, agora, a maior gestora do mundo, com US$ 9 trilhões em ativos, passou a deter 14,7% do total de ações ordinárias.
“O objetivo das participações societárias acima mencionadas é estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia”, discorre.
Montanha-russa na bolsa
O acionista de Renner tem vivenciado fortes emoções na bolsa em 2024. Isso porque a ação despencou 28% entre o começo do ano e junho para disparar 51% logo depois. Porém, nos últimos dias a ação voltou a cair forte, a 7%, na esteira da elevação da curva de juros.
Parte da alta se deve aos resultados. A companhia entregou números sólidos e acima da expectativa, que animaram investidores.
Nina Mirazon e Iago Souza, analistas da Genial Investimentos, disseram que a empresa conseguiu contornar um trimestre desafiador para as vendas, em meio às enchentes no Rio Grande do Sul e temperaturas elevadas. “A magnitude do ganho de rentabilidade surpreendeu positivamente”, pontuaram.
Consumo a todo vapor
Nas últimas semanas, a varejista também ganhou pontos com o Bank of America (BofA), que elevou o seu preço-alvo de R$ 21 para R$ 22, com recomendação de compra.
Além disso, o banco aumentou a estimativa para o lucro líquido ao final de 2024 de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,3 bilhão. As projeções para o próximo ano também foram revisadas de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,5 bilhão.
“Após um longo período de desempenho inferior, esperamos que a Lojas Renner se beneficie de um ambiente de consumo mais forte e melhorias de execução em logística, publicidade e crédito ao consumidor”, afirmam os analistas.
Os analistas do BofA comentam que o crescimento do emprego brasileiro acelerou de 0,7% para 3% nos últimos 12 meses, à medida que o crescimento real dos salários acelera, configurando um cenário melhor para o consumo. Além disso, eles pontuam que os principais bancos parecem posicionados para acelerar a emissão de crédito ao consumidor.