Lojas Renner chega a “ponto de virada” e balanço fraco é passado, diz Inter Research
O prejuízo de R$ 82,9 milhões no terceiro trimestre, divulgado pela Lojas Renner (LREN3), não abalou a confiança o Inter Research, o braço de análises do Banco Inter (BIDI11). Para Breno Francis de Paula, que assina o relatório, a varejista já está em outro ritmo.
“Acreditamos que o maior player de moda do Brasil finalmente atinge um ponto de virada, com 100% das lojas abertas desde o fim de agosto e com perspectivas de retomada no ritmo de vendas e margens, aproveitando também a sazonalidade de fim de ano”, afirma o analista.
Por isso, o Inter reiterou sua recomendação de compra das ações, com preço-alvo por papel de R$ 57 para o ano que vem. A cifra embute um potencial de alta de 34% sobre a cotação de fechamento de ontem (5), utilizada como referência pela instituição.
Nova temporada
Outra iniciativa da Renner que agradou o banco foi o ajuste de estoques promovido no terceiro trimestre. As promoções para desovar as peças e abrir espaço para a coleção de fim de ano pressionou a margem bruta, mas, segundo o Inter, isso pode ser um trunfo nos últimos meses de 2020.
O motivo é que a varejista já entra no quarto trimestre com novidades nas prateleiras – algo que pode atrair mais clientes. O veredicto do Inter é que “o resultado em geral se manteve controlado e não fosse a queda da receita, provavelmente seria bom”.
Resultados
A Lojas Renner apresentou prejuízo líquido de R$ 82,9 milhões no terceiro trimestre do ano. No mesmo intervalo de 2019, a companhia tinha registrado lucro de R$ 186,7 milhões. A receita líquida caiu 14,5%, para R$ 1,6 bilhão. Segundo a varejista de moda, a performance das vendas foi prejudicada pelo fechamento temporário de parte de suas lojas.
No início do trimestre, a empresa contava com 31% das unidades fechadas, voltando a operar com 100% delas apenas no fim de agosto.
Veja o relatório de resultados da Lojas Renner.