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Loft faz corte de funcionários e demite mais de 150 pessoas; saiba mais

20 abr 2022, 12:20 - atualizado em 20 abr 2022, 12:20
Loft
Com reestruturação, Loft faz corte de funcionários e demite mais de 150 pessoas (Imagem: Reprodução Loft)

A Loft, startup busca facilitar a compra e venda de apartamentos, está reorganizando a casa. Ela acaba de concluir o processo de integração com a CrediHome e realizou alguns cortes de funcionários, com um número de demissões expressivo.

Para esta reorganização, a CrediHome by Loft — como passa a ser denominada a área de crédito do grupo — desligou, na segunda-feira (18), 159 funcionários, a maioria das áreas comercial e de operações.

Outros 52 colaboradores, de produto e tecnologia, foram transferidos para outras empresas do Grupo, como o próprio marketplace da Loft, a CredPago, Nomah e Vista.

A CrediHome, empresa de crédito imobiliário, movimentou R$ 3,43 bilhões em financiamentos em 2021 e foi adquirida pela Loft em setembro passado.

Agora, a área de crédito da Loft remanescente do período anterior ao da aquisição – que já contava com funcionários provenientes da InvestMais, outra empresa de originação de crédito adquirida pela Loft – passa a trabalhar de forma 100% integrada com o time oriundo da CrediHome.

“Alcançamos uma taxa de crescimento de 70% em termos de valores movimentados no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao anterior, trabalhando em meio a um período de transição, com duplicidade de times”, afirma Bruno Gama, CEO e fundador da CrediHome.

Em nota, a empresa disse vai apoiar os ex-funcionários na recolocação de mercado, por meio do fornecimento de três meses do serviço Premium do Linkedin, assim como extensão do plano de saúde por mais dois meses, inclusive aos dependentes.

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Crescimento da Loft e as mudanças no seu quadro de funcionários

O setor de crédito do Grupo Loft fechou o primeiro trimestre deste ano com R$1,617 bilhão movimentado pelo fechamento de 5,2 mil contratos de financiamento imobiliário no período. Um crescimento de 75% sobre o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da empresa.

A startup defende que esta evolução foi acompanhada do aumento das contratações, sendo que o quadro de funcionários persiste em crescimento, mesmo após esta reestruturação.

Tanto que a soma de funcionários da área de crédito da Loft com os da Credihome, em setembro de 2021, momento da aquisição, era de 613. Hoje, após esses movimentos, conta com 653 funcionários. Portanto, o quadro hoje é 6% maior, mesmo após os desligamentos.

Em termos de portfólio, hoje o marketplace da Loft conta com mais de 50 mil imóveis anunciados, das cidades de São Paulo, Guarulhos, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

O quadro de funcionários acompanha esses números. À época da aquisição da CrediHome, em setembro de 2021, o número era de 1.010 funcionários, excluindo a área de crédito. Hoje este total é de 1.270, um aumento de 26%.

Agora, empresa está selecionando candidatos para cerca de 70 vagas em aberto. “Movimentos como o da reestruturação da CrediHome são necessários para manter a empresa no caminho da sustentabilidade, mesmo em momentos de crescimento, como o nosso” conclui Mate Pencz, fundador e co-CEO do Grupo Loft.

Pencz disse, em entrevista para o Estadão, que é comum ocorrer cortes de funcionários após uma aquisição e que é, apenas, uma reorganização da área de crédito na companhia.

Loft e QuintoAndar: concorrentes com casos parecidos

QuintoAndar, startup de compra, venda e aluguel de imóveis e concorrente da Loft, fez, recentemente, uma reestruturação que pode ter resultado no corte de até 20% do quadro de 4 mil de funcionários, de acordo com o Estadão.

Em números, o corte de funcionários teria afetado cerca de 800 pessoas do quadro da startup. Em nota, o QuintoAndar afirmou que o corte foi de 4% e não 20% como traz a publicação do Estão.

As demissões geraram indignação, em grande parte nas redes sociais, devido ao investimento milionário da empresa em anúncios no Big Brother Brasil 22.

Procurada na época pela reportagem do Money Times, a empresa preferiu se manifestar por nota e não explicou a diferença entre os números divulgados.

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