Localiza, Unidas e Movida podem dobrar de tamanho nos próximos 3 a 5 anos, diz Ágora
O setor de aluguel de carros tem seguido movimentado desde que a Localiza revelou a intenção de incorporar a Unidas aos seus negócios, mas a Ágora Investimentos ainda vê mais um fator que pode alavancar as empresas do segmento no intervalo de três a cinco anos.
O analista Victor Mizusaki evoca a Lei de Moore, que consiste na referência usada por companhias quando o assunto é a expansão dos negócios, dada a visão do co-fundador da Intel, Gordon Moore, que acredita na duplicação do número de transistores em um microchip a cada dois anos.
Em outras palavras, a equipe da corretora considera que o conceito de crescimento também se aplica a Localiza (RENT3), a Unidas (LCAM3) e até a Movida (MOVI3), “que podem dobrar de tamanho em 3 a 5 anos com leasing operacional para pessoas físicas”, na opinião do analista.
Levando em conta a Lei de Morre, a taxa de crescimento médio de lucro por ação para as três companhias citadas é de aproximadamente 20% anualmente.
Veja na tabela abaixo as recomendações da Ágora:
Empresa | Ticker | Recomendação | Preço-alvo (R$) |
---|---|---|---|
Localiza | RENT3 | Compra | 65 |
Movida | MOVI3 | Compra | 26 |
Unidas | LCAM3 | Compra | 28 |
Movida pode crescer sozinha
Torcer pelo sucesso dos rivais não é comum no mundo dos negócios, mas é isso que a Movida tem feito, desde que a Localiza e a Unidas comunicaram a intenção de se juntarem. O motivo, claro, é que a empresa também pode ganhar com a fusão das duas.
Em teleconferência com analistas do BTG Pactual (BPAC11), a diretoria da Movida afirmou que sua estratégia é focar no crescimento orgânico e, portanto, não conta com a aquisição de negócios que a Localiza e a Unidas teriam de vender, para que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovasse a junção, já que deterão 66% do mercado brasileiro de locação de automóveis.
Mas, mesmo que a Movida não compre nada que seja deixado para trás pela nova companhia, ainda seria beneficiada por dois fatores, segundo o BTG Pactual. Primeiro, “os mercados consolidados com players racionais têm historicamente um bom desempenho”.