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Localiza, Unidas e Movida podem dobrar de tamanho nos próximos 3 a 5 anos, diz Ágora

19 out 2020, 12:09 - atualizado em 19 out 2020, 12:15
Localiza 2
O setor segue aquecido desde a intenção da Localiza de incorporar a Unidas (Imagem: Money Times)

O setor de aluguel de carros tem seguido movimentado desde que a Localiza revelou a intenção de incorporar a Unidas aos seus negócios, mas a Ágora Investimentos ainda vê mais um fator que pode alavancar as empresas do segmento no intervalo de três a cinco anos.

O analista Victor Mizusaki evoca a Lei de Moore, que consiste na referência usada por companhias quando o assunto é a expansão dos negócios, dada a visão do co-fundador da Intel, Gordon Moore, que acredita na duplicação do número de transistores em um microchip a cada dois anos.

Em outras palavras, a equipe da corretora considera que o conceito de crescimento também se aplica a Localiza (RENT3), a Unidas (LCAM3) e até a Movida (MOVI3), “que podem dobrar de tamanho em 3 a 5 anos com leasing operacional para pessoas físicas”, na opinião do analista.

Levando em conta a Lei de Morre, a taxa de crescimento médio de lucro por ação para as três companhias citadas é de aproximadamente 20% anualmente.

Veja na tabela abaixo as recomendações da Ágora:

Empresa Ticker Recomendação Preço-alvo (R$)
Localiza RENT3 Compra 65
Movida MOVI3 Compra 26
Unidas LCAM3 Compra 28

Movida pode crescer sozinha

Movida
Movida também deve se beneficiar da junção da Localiza com a Unidas (Imagem: Divulgação/Movida/Facebook)

Torcer pelo sucesso dos rivais não é comum no mundo dos negócios, mas é isso que a Movida tem feito, desde que a Localiza e a Unidas comunicaram a intenção de se juntarem. O motivo, claro, é que a empresa também pode ganhar com a fusão das duas.

Em teleconferência com analistas do BTG Pactual (BPAC11), a diretoria da Movida afirmou que sua estratégia é focar no crescimento orgânico e, portanto, não conta com a aquisição de negócios que a Localiza e a Unidas teriam de vender, para que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovasse a junção, já que deterão 66% do mercado brasileiro de locação de automóveis.

Mas, mesmo que a Movida não compre nada que seja deixado para trás pela nova companhia, ainda seria beneficiada por dois fatores, segundo o BTG Pactual. Primeiro, “os mercados consolidados com players racionais têm historicamente um bom desempenho”.

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