Localiza (RENT3): Dois assuntos que devem melhorar o sentimento do mercado sobre as ações
Existe uma combinação de fatores que deve ajudar as ações da Localiza (RENT3) no curto prazo, afirma o BTG Pactual (BPAC11).
Na avaliação do banco, dois tópicos vão melhorar o sentimento dos investidores sobre os papéis da empresa de aluguel de carros, que tem andado de lado no último ano (queda de 7,8%).
O primeiro assunto, que envolve a Unidas (LCAM3), já é comentado pelo mercado desde 2020, quando a Localiza anunciou uma combinação de negócios com a rival.
Segundo o BTG, os desdobramentos no processo de fusão entre as duas empresas são possíveis gatilhos para as ações da Localiza, visto que “o fluxo de notícias local está mostrando negociações contínuas com vários potenciais compradores dos veículos que precisam ser vendidos como parte das medidas antitruste”.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou no fim do ano passado a combinação dos negócios, porém, com certas condições:
- desinvestimento (remédios do Cade) de veículos com um comprador;
- aprovação do comprador pelo Cade; e
- verificação de todas as condições preliminares.
“De acordo com o fluxo de notícias recente, vários grupos vêm estudando os ativos a serem desinvestidos pela Localiza-Unidas”, reforça o BTG.
Entre as possíveis soluções para o andamento do processo, o BTG destaca:
- venda de parte da frota de RAC (Rent a Car) da Unidas (cerca de 50 mil carros);
- venda da marca Unidas; e
- venda de parte de suas lojas de seminovos.
Assumindo os preços atuais de carros usados, o time de análise do banco estima que a venda pode gerar potencial de alavancagem de R$ 3-4 bilhões para a Localiza, “ajudando na expansão da frota neste ano e no próximo”.
Incentivos fiscais
O segundo tópico que pode melhorar o sentimento do mercado em relação aos papéis da Localiza é o Projeto de Lei 5.638/2020, que pode implementar incentivos fiscais federais para o setor de turismo (com as locadoras de veículos elegíveis para a isenção de impostos sobre veículos usados explicitamente em serviços turísticos) por cinco anos.
Em março, o Congresso retirou o veto presidencial ao projeto, avançando no processo de implementação dos incentivos.
Essa é uma notícia positiva para a Localiza, que tem entre 15 e 20% de sua frota total de RAC que se encaixa nas regras do projeto, avalia BTG.
“Assumindo isenções fiscais de PIS/COFINS e IRCS na frota de RAC de turismo da RENT, estimamos que o lucro líquido aumentaria em 7-10%”, afirma.
A implementação dos incentivos fiscais não beneficia só a Localiza, mas Movida (MOVI3) e Unidas também.
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