Liquidação do etanol esfria na cadeia. Teria acabado se gasolina não estivesse R$ 0,33 mais barata
A liquidação do etanol hidratado nos dois elos da cadeia antes dos postos deu uma arrefecida.
Depois de semanas de intensa liquidação na usina e nas distribuidoras de combustíveis, com o setor correndo para dar vazão ao biocombustível – em um mês, aproximadamente, algumas unidades já começam a moer a cana 22/23 -, houve algum desencalhe.
Melhorou a paridade com a gasolina, embora na primeira quinzena tenha havido redução desse derivado de petróleo nas bombas, segundo a ValeCard.
Na semana passada, na origem, o Cepea registrou queda de 2,37% (R$ 2,8383 o litro, sem frete e sem impostos), depois de vários períodos semanais de forte recuo. De 31 a 4, por exemplo, havia sido de menos 8,14%.
Nas empresas intermediárias da cadeia entre fábrica e postos, nos dois primeiros dias da semana já aconteceram valorizações, de 0,96% e 0,44% (R$ 2,971), igualmente pelo levantamento do Cepea.
Não fosse a defasagem do preço da gasolina na refinaria, praticado represadamente pela Petrobras (PETR4), o etanol já estaria com valores mais altos na cadeia, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Com o petróleo nesta quarta (16) em US$ 95, a arbitragem está desfavorável em R$ 0,33 por litro.