Linx: após aprovação de oferta da Stone, Safra eleva preço-alvo da ação
Os acionistas da Linx (LINX3) finalmente aprovaram a oferta de combinação de negócios com a Stone (STNE), após meses de negociações. Agora, falta saber se a proposta passará pela revisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que deve demorar entre cinco a seis meses para dar uma resposta.
Para os analistas do Safra, o órgão não deve bloquear o negócio. A aprovação da proposta na assembleia também não veio como surpresa, dada a solidez financeira da Stone e a falta da oferta da Totvs (TOTS3) para deliberação.
Cerca de 55% dos acionistas da Linx votaram a favor da combinação de negócios com a Stone. Pouco tempo antes, a empresa de pagamentos aumentou sua oferta em R$ 1,50 por ação, totalizando R$ 33,56/papel mais 0,0126774 ação classe A da Stone.
O Safra destacou que a combinação de ambas as empresas pode levar a uma receita estimada de aproximadamente R$ 6 bilhões ao fim de 2021, além de um Ebitda de R$ 3 bilhões.
“Vemos sinergias potenciais notáveis para a Stone, pois a Linx reforçará sua área de pagamentos, fortalecendo sua estratégia de crossselling (venda cruzada), com um produto de aquisição competitivo e uma marca forte. A Stone também agregará valor ao seu próprio negócio de aquisição com um serviço (software ERP) de difícil penetração e com uma forte proposta de fidelidade”, destacaram Luis Azevedo e Silvio Dória, que assinam o relatório divulgado ontem à noite.
Considerando o valor da oferta, o banco elevou o preço-alvo da ação da Linx para R$ 38,30, mas manteve a recomendação neutra.