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LinkedIn é processado por divulgar informações de usuários para treinar modelos de IA

22 jan 2025, 16:14 - atualizado em 22 jan 2025, 16:14
(Imagem: Pixabay/QuinceMedia)

O LinkedIn, controlado pela Microsoft , foi processado por usuários “premium” que afirmaram que a plataforma de mídia social focada em profissionais divulgou sem permissão suas mensagens privadas a terceiros para treinar modelos de inteligência artificial generativa.

De acordo com uma proposta de ação coletiva apresentada na noite de terça-feira em nome de milhões de clientes do LinkedIn Premium, a rede social introduziu discretamente uma configuração de privacidade em agosto passado que permite aos usuários ativar ou desativar o compartilhamento de seus dados pessoais.

Os clientes disseram que o LinkedIn então atualizou discretamente sua política de privacidade em 18 de setembro de 2024 para dizer que os dados poderiam ser usados para treinar modelos de IA e, em um link “Perguntas frequentes”, disse que a desativação “não afeta o treinamento que já ocorreu”.

Essa tentativa de “encobrir seus rastros” sugere que o LinkedIn estava “totalmente ciente” de que violou a privacidade dos clientes e sua promessa de usar dados pessoais apenas para apoiar e melhorar sua plataforma, para minimizar a atenção pública e as consequências legais, afirma a denúncia.

A ação foi movida em um tribunal federal  do Estado norte-americano da Califórnia, em nome dos clientes do LinkedIn Premium que enviaram ou receberam mensagens InMail e cujas informações privadas foram divulgadas a terceiros para treinamento de IA antes de 18 de setembro.

A ação pede indenização não especificada por quebra de contrato e violações da lei de concorrência desleal da Califórnia, e 1.000 dólares por pessoa por violações de legislação norte-americana.

A Microsoft não comentou o assunto nesta quarta-feira. Um advogado dos reclamantes não se manifestou.

A ação foi movida várias horas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma joint venture entre OpenAI – que é apoiada pela Microsoft – Oracle e SoftBank, com um potencial de investimento de 500 bilhões de dólares para construir infraestrutura de IA no país.

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reuters@moneytimes.com.br
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