Light (LIGT3): Subsidiárias de empresa em recuperação judicial pedem prorrogação de concessões ao MME
Light SESA e Light Energia, subsidiárias da Light (LIGT3), entraram com um pedido perante o Ministério de Minas e Energia (MME) para prorrogar concessões de distribuição de energia.
Em fato relevante divulgado na noite desta sexta-feira (2), a Light informou que ambas as suas empresas controladas protocolizaram requerimentos para prorrogar as concessões, dentro dos prazos contratuais.
O prazo da concessão da Light SESA se encerraria amanhã, 4 de junho de 2023. Por uma cláusula contratual, o MME terá que se manifestar sobre o requerimento até 18 meses antes da referida data.
Recuperação judicial
No mês passado, a Light deu entrada com um pedido de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro, em caráter de urgência e com dívidas de R$ 11 bilhões.
Ao se manifestar quanto ao pedido de recuperação judicial, a empresa disse que estava em conversa com credores. O caráter de urgência, explicou, reflete “os desafios oriundos da atual situação econômico-financeira da companhia e algumas de suas subsidiárias se mantêm e vêm se agravando”.
A Justiça do Rio de Janeiro aceitou logo depois o pedido de recuperação judicial da holding, que registrou um prejuízo bilionário em 2022. A Light tem tentado lidar com o elevado endividamento e a geração de caixa insuficiente.
No início deste mês, a Equatorial Energia (EQTL3) confirmou que tem sondado ativos da Light, um movimento que faz parte de um processo natural de avaliação de oportunidades.
A Equatorial ressaltou, no entanto, que não houve e não há nenhuma negociação em curso.