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Light (LIGT3): Investidor dá adeus aos dividendos, mas ainda tem oportunidade de lucro

12 maio 2023, 17:51 - atualizado em 12 maio 2023, 17:52
Light
Light pediu nesta sexta recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro em caráter de urgência. (Imagem: Facebook)

A Light (LIGT3), que pediu recuperação judicial nesta sexta-feira (12), passa a ter como prioridade o pagamento de dívidas e reenquadramento regulatório. Com isso, dificilmente a empresa vai pagar dividendos no curto prazo, avaliam analistas.

No entanto, o analista Sidney Lima, da Top Gain, diz que ainda vê a oportunidade de embolsar lucros com a empresa, para o investidor que comprou a ação da companhia no último mês, antes da queda de 17% das ações nesta sexta.

No acumulado dos últimos 30 dias, a alta das ações da Light chega a 84% em meio a um aumento de participação do empresário Nelson Tanure na companhia, mudanças no conselho de administração e início de negociações com a Aneel.

“Eu preferiria realocar os recursos [com a alta da Light na Bolsa] em outros papéis”, diz Lima. “É uma relação risco e retorno não tão atrativa”, pondera, destacando que a Light tem apresentado problemas “há algum tempo”.

Sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, Marcelo Boragini apontou que são opções melhores no setor papéis como os de Alupar (ALUP11), Eneva (ENEV3), Copel (CPLE6) e Cemig (CMIG4).

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Recuperação judicial da Light

Com uma dívida de R$ 11 bilhões, a Light pediu nesta sexta recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro em caráter de urgência.

No ano passado, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 5,67 bilhões, impulsionado pelo elevado endividamento, geração de caixa insuficiente e alto índice de furtos de energia.

A companhia tem geração de caixa insuficiente para pagar toda a dívida até o final da concessão de distribuição em 2026.

Em março deste ano, o UBS BB afirmou que “a distribuição da Light continuará reportando um Ebitda baixo, impulsionado por perdas não técnicas acima do nível regulatório, além de sua dívida grande, que exigirá financiamento extra para quitar as obrigações em 2025″.