Light (LIGT3) aposta em Beto Sicupira, sócio de Lemann, para renegociar com bancões
A Light (LIGT3), que pediu recuperação judicial em maio, aposta em nomes de peso do mercado, como Nelson Tanure e Ronaldo Cezar Coelho, para renegociar as dívidas com grandes credores, como os bancões. Segundo a coluna Radar Econômico, da Veja, a empresa avalia que “eles passam segurança pela experiência que possuem no mercado”.
Um dos escalados, contudo, viu sua credibilidade ruir neste ano: Beto Sicupira, sócio de Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles na 3G Capital, empresa de investimentos com posições relevantes em pesos-pesados do capitalismo global, como o Burger King, Heinz e AB Inbev.
Em maio, o Estadão indicou que Sicupira possuía cerca de 10% de participação na Light. O investimentos na concessionária de energia elétrica tinha o objetivo de lucrar com a virada do setor, mas o que se viu foi um grande prejuízo. Quando entrou na empresa, em outubro de 2020, a fatia de Sicupira era avaliada em R$ 550 milhões. Três meses atrás, ela havia derretido para R$ 110 milhões.
Light (LIGT3): Beto Sicupira chega fragilizado à mesa dos bancões
Segundo a Veja, o conselho de administração da Light espera que Sicupira, Tanure e Cezar Coelho tomem a frente nas conversas com grandes credores. A iniciativa seria parte da estratégia da concessionária de se concentrar, no curto prazo, na renegociação com pequenos credores. Só depois, chegaria a vez dos bancões.
Para o Estadão, contudo, Sicupira se sentará na mesa de negociações fragilizado, após as fraudes descobertas na Americanas (AMER3), que desembocaram na recuperação judicial da varejista. O Estadão estima que as dívidas combinadas da Americanas e da Light superem os R$ 50 bilhões.