Reforma da Previdência

Líderes da oposição tentam acordo para aprovar destaques à reforma da Previdência

11 jul 2019, 18:23 - atualizado em 11 jul 2019, 18:51
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), acredita que a proposta do partido tem sensibilizado parlamentares (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil )

Líderes de partidos da oposição negociam a aprovação de dois destaques que alteram o texto da reforma da Previdência (PEC 6/19).

O PSB propõe uma alteração que retira o aumento do tempo de contribuição – de 15 para 20 anos – exigido para aposentadoria dos homens. Já o PDT articula a aprovação do destaque que diminui a idade mínima de aposentadoria dos professores da ativa para 52 (mulheres) e 55 (homens).

O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), acredita que a proposta do partido tem sensibilizado parlamentares. Ele explica que o trabalhador que se aposenta por idade contribui em média 5 meses por ano e, se for exigido dele 5 anos de contribuição a mais, isso significa 12 anos a mais de trabalho, ou seja, o trabalhador que já cumpriu a idade mínima só se aposentaria com 77 anos. Segundo Molon, a equipe econômica do governo avalia o impacto dessas alterações no texto.

“O trabalhador corre o risco de nem se aposentar nem poder acessar o BPC, ficar sem nada. Entendemos que é fundamental responsabilidade fiscal, mas é inaceitável que ela seja separada da responsabilidade social”, declarou.

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Professores

O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), afirmou que o acordo que beneficia os professores tem grande possiblidade de ser fechado.

“Já conversamos e dialogamos. O governo está percebendo que não tem como derrubar o destaque supressivo e esse destaque deve ser aprovado. Quem ganha são os professores e a educação do Brasil ”, comentou.