Sucroenergia

Lideranças do Nordeste discutem derrota imposta por Bolsonaro sobre o etanol importado

09 set 2019, 12:40 - atualizado em 09 set 2019, 12:40
Etanol de cana no Nordeste sofrerá maior concorrência do etanol dos Estados Unidos (Imagem: Luke Sharrett/Bloomberg)

Logo mais, às 14 hs, as lideranças do setor sucroenergético do Nordeste se reúnem no Recife para discutirem a derrota que o governo Jair Bolsonaro lhe impôs, aumentando a cota livre de impostos para o etanol importado. Quando se esperava o fim da cota livre, ou a manutenção dos 600 milhões de litros, com 20% sobre o que excedesse, a pressão do presidente americano Donald Trump prevaleceu em partes.

Ele queria liberação total, mas ainda assim saiu vitorioso, com os produtores podendo mandar 750 milhões a mais durante os próximos 12 meses, quase todo ele desembarcado no Nordeste – e não apenas durante a entressafra da região.

O governo brasileiro anunciou que negociará o aumento da cota livre de açúcar, que deveria já entrar na negociação desde antes da medida do governo, segundo defendia a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Hoje é 150 mil toneladas, seis vezes menos a cota livre para o etanol que o Brasil proprociona.

É claro que os nordestinos estão com um pé atrás com essa possibilidade, já que perderam na primeira vez e podem perder na segunda.

Afinal, como lembra Alexandre Lima, presidente da nacional Feplana e também a Associação dos Produtores de Cana de Pernambuco (onde ocorrerá a reunião), por suas vez reunindo cooperados na operação de uma usina, dos quase 1 bilhão de litros anuais, o Estados Unidos manda quase tudo.

E segunda, dia 16, no Congresso de Bionergia do Nordeste o tema deverá ser central novamente.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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