Coluna do Vicente Guimarães

Liberdade financeira: É hora de começar a pensar no futuro

14 mar 2023, 20:54 - atualizado em 14 mar 2023, 20:57
Jornada da liberdade financeira
“O ponto fundamental é que somente você será capaz de definir o valor de um rendimento mensal que cubra suas despesas”, diz o colunista (Imagem: Pixabay)

Ter independência financeira significa ter dinheiro suficiente para manter um estilo de vida, ter tempo para gastar esse dinheiro ao invés de gastar tempo para ganhar esse dinheiro.

Mas isso não é a mesma coisa que ser rico. Quando a pessoa é rica, ela tem um patrimônio que supre todas as necessidades de consumo, com sobras, e ainda propicia uma vida de luxo e alto padrão.

Mas a grande questão é que nem todos os ricos são independentes financeiramente, pois a grande maioria não consegue deixar tudo de lado e aproveitar a vida plenamente, pois preferem se dedicar a ganhar e acumular dinheiro.

Independência financeira gira em torno de duas variáveis. A primeira é ter uma fonte de renda vitalícia para manter um padrão de vida. A segunda é não precisar investir tempo para manter esta fonte de renda.

Liberdade financeira: é hora de começar a pensar no futuro

O ponto fundamental é que somente você será capaz de definir o valor de um rendimento mensal que cubra suas despesas e lhe deixe em situação confortável.

Por exemplo, algumas pessoas conseguirão viver bem com R$ 3 mil por mês. Outros irão querer R$ 5 mil ou R$ 10 mil. Quanto maior o valor desejado, maior deverá ser o patrimônio acumulado. Após definir esse valor, você precisa acumular capital para ter este valor como renda vitalícia. Com isso obterá a sonhada Independência Financeira.

O primeiro passo para conseguir a Liberdade Financeira é entender e seguir a Fórmula da Riqueza: Patrimônio = (Receitas – Gastos) x Taxa de Juros. Assim, para aumentar o Patrimônio, as receitas devem superar os gastos, ou seja, o item da fórmula (Receitas – Gastos) tem que ser positivo.

A taxa de crescimento do seu patrimônio também será dada pelo tamanho desta diferença, quanto maior, melhor. Em outras palavras: quanto mais dinheiro você acumula, mais próximo você estará de sua independência financeira.

Perceba ainda que o resultado (Receitas – Gastos) é multiplicado pela taxa de juros. Desta forma, a Fórmula da Riqueza também é a da Pobreza, se você estiver acumulando dívidas, o valor também cresce conforme os juros vão incidir.

E, pior: as taxas de juros sobre as dívidas sempre são maiores que as taxas de juros sobre o patrimônio investido. A recomendação básica é de economizar, no mínimo, 10% da sua renda mensal. Para isso, algumas mudanças nos padrões de consumo, muita disciplina e autocontrole são essenciais.

Economizar não é tarefa simples e requer primeiramente que a pessoa saiba exatamente qual é a sua renda bruta e líquida (com os descontos de impostos).

Ao saber o quanto recebe mensalmente, o segundo passo é partir para o controle de gastos e isso requer que tudo seja planilhado. Observe também suas dívidas e busque quitar principalmente aquelas que cobram altas taxas de juros como: a dívida do cartão de crédito, do cheque especial e de empresas de crédito.

O terceiro passo é controlar os impulsos consumistas e, a partir daí, será possível começar a investir. Mas atenção, as aplicações devem ser feitas com segurança e inteligência. Não busque fórmulas mágicas de enriquecimento instantâneo.

Opte por investimentos seguros: renda fixa, fundos de investimento, imóveis e ações de boas empresas.
A poupança mensal (receita – gastos) deve ser investida mensalmente. Os aportes são os valores que você direciona para seus investimentos que serão potencializados pela taxa de juros (J).

Quanto maior o aporte, a taxa de retorno de seus investimentos e o tempo de investimento, maior será o poder de multiplicação do seu patrimônio. Então é muito importante você ser capaz de ter constância nos seus aportes, ser consistente ao longo do tempo e de identificar os melhores investimentos em cada momento econômico.

No início os rendimentos são baixos em relação ao aporte mensal, mas com o passar do tempo serão cada vez maiores, pois os juros incidirão sobre todo o montante aplicado (juros sobre os valores investidos e juros sobre juros).

Esse rendimento, associado aos aportes mensais, irão multiplicar exponencialmente o patrimônio total.
Obter a independência financeira requer três coisas: paciência – o tempo é o seu maior aliado.

Quanto mais tempo o dinheiro permanecer investido maior a curva exponencial; consistência – os aportes devem ser constantes para fazer o “bolo” crescer e reaplicar os rendimentos – É fundamental reaplicar os rendimentos recebidos para potencializar os resultados.

Hoje vivemos para dar nosso tempo precioso para comprar coisas que não precisamos, não usamos e que ficam empoeiradas.

Damos nosso tempo para construir e manter um status. Esse consumismo nos coloca num ciclo vicioso: mais consumo, menos tempo, menos dinheiro. Neste processo ficamos, cada vez mais dependentes de um sistema que nos leva a fazer coisas por mera convenção social.

Nossos objetivos têm que ser maiores do que meros sonhos materiais de consumo: carro 0 Km, celular do último tipo, TV de 80 polegadas, roupas de marca, compra de enxoval em Miami.

Mas, para ter liberdade financeira para fazer o que quiser na hora que quiser, você terá que abrir mão de certas mordomias e confortos (futilidades) da vida moderna.

Aprender a consumir melhor. É hora de pensar em ter uma vida mais simples (porém confortável), mas plena de experiência e realizações.

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