Leve pressão do atacado e da oferta não tira a estabilidade do preço do boi gordo
Os dados apresentados pelas empresas que monitoram o mercado do boi gordo mostram, nesta quarta (23), que os preços devem andar de lado esta semana. Em estabilidade ou leves altas e moderados recuos, dia contra dia.
O valor da carne no atacado caiu, com o pico da segunda quinzena do mês fazendo pressão no bolso dos consumidores no varejo, e alguns lotes de animais começam a chegar em maiores volumes dos confinamentos.
A restrição de volume disponível não deixa o radar do mercado, o que, ao menos, assegura a manutenção dos patamares médios de R$ 250 a @ em São Paulo, especialmente se os frigoríficos saírem da cautela e começar comprar para a virada do mês antes da semana que vem.
A Agrifatto, que na abertura da semana alertou para a baixa da carcaça casada, a vendida pela indústria, perdendo o suporte dos R$ 16/kg, é corroborada pela Scot Consultoria, que divulgou, hoje, perda de mais 1,4%.
Quanto aos animais fechados para engorda, mesmo que em número bem menor na comparação com 2019, há a saída natural de agora em diante. E ajuda a alongar um pouco mais as escalas em regiões nas quais a programação de abate já alcança os 5 a 6 dias.
Pelo flanco exportador, a terceira semana trouxe um recuo de 12%, sobre a segunda de setembro, mas ainda se aguarda alta no mês sobre o mesmo período de 2019.
E como a partir do dia (28) as indústrias têm que se preparar para se abastecer com matéria-prima para a virada do mês, quando as compras internas melhoram com o dia do pagamento mais próximo, a oferta curta, portanto, volta a botar pressão.