Leve-me a seu líder: OVNIs nos céus estrangeiros, inflação nos EUA, Banco do Brasil ileso pela Americanas e outras notícias
A ficção definitivamente não é mais páreo para a realidade. Seria bem melhor começar a semana falando sobre o feriado que se avizinha. O Carnaval está logo ali e, mesmo sabendo que estarei de plantão, não tenho planos de me preocupar com nada muito além de OVNIs abatidos por forças aéreas estrangeiras.
Mas, enquanto o feriado não chega, tudo indica que esta segunda-feira será uma ilha de calma no oceano agitado de indicadores e eventos previstos para o restante da semana nos mercados financeiros.
Lá fora, entre a fala de um e outro banqueiro central, as atenções dos investidores estarão especialmente voltadas para os dados de inflação nos Estados Unidos, previstos para amanhã. Os participantes do mercado financeiro estão na expectativa de uma confirmação de que a economia norte-americana atravessa um processo de desinflação.
Por aqui, a conversa segue girando em torno da taxa Selic. No fim de semana, economistas heterodoxos ganharam o reforço de um dos pais do Plano Real nas críticas à forma como o Banco Central conduz sua política monetária.
Em entrevista ao programa Canal Livre, na Band, o economista André Lara Resende afirmou no fim da noite de domingo que a taxa de juros “está errada” e ameaça lançar o Brasil em uma “recessão muito séria”.
Essa discussão pode ganhar novos ingredientes na noite de hoje, quando a TV Cultura transmitirá entrevista gravada com o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Não descartemos, entretanto, a possibilidade de trechos da entrevista serem vazados ainda com o mercado aberto.
Tudo isso em uma semana na qual está prevista reunião do Conselho Monetário Nacional. O encontro de Campos Neto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, está marcado para a quinta-feira.
No mercado, a expectativa é que qualquer decisão sobre mudanças nas metas de inflação venha à tona o quanto antes.
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O que você precisa saber hoje
ESTRELA DE 2022
Banco do Brasil (BBAS3) deve passar quase ileso pela Americanas, mas “efeito Lula” preocupa. Dos grandes bancos, o BB é o que tem menor exposição à varejista, que entrou em recuperação judicial em janeiro. Saiba o que esperar do balanço do 4T22, previsto para hoje.
CORTOU NA CARNE
BTG Pactual (BPAC11) corta bônus e faz provisão bilionária com efeito Americanas, mas preserva lucro. O lucro do banco ficou praticamente estável no quarto trimestre e atingiu R$ 1,767 bilhão apesar do efeito da varejista.
CARTA ABERTA
Americanas (AMER3) comenta crise em anúncio de página inteira em jornais. Em carta assinada pelo CEO interino, a varejista cita esforços para manter o curso normal dos negócios. Confira na íntegra.
SEM VOLTA
Eletrobras (ELET3) blindada? Lula teria de desembolsar R$ 161,7 bilhões para reestatizar a companhia. Cálculo é da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) e considera a cláusula colocada na lei que privatizou a empresa.
ANOTE NO CALENDÁRIO
Agenda econômica: inflação e dados de atividade nos EUA são destaque; por aqui, atenção ao IBC-Br e aos balanços. Resultados trimestrais de pesos-pesados da bolsa, como Vale e Banco do Brasil, estão no radar dos investidores no Brasil.
AUTOMÓVEIS
Carro manual ou automático? A diferença de preços diminuiu e pode te surpreender. Os carros manuais já estão em minoria no mercado. Quando existem as duas opções, o preço do automático chega a ser atraente em algumas marcas ou assustar conforme o modelo. Veja quando vale a pena comprar.
CARNAVAL 2023
Cachaça não é água: imposto sobre a birita chega a 81,9% no Carnaval. Veja a carga tributária de outros itens da festa. Muitos produtos da lista são considerados supérfluos e possuem carga tributária elevada.
Uma boa semana para você!