Economia

Política de Trump está confusa e ainda é cedo para avaliar os impactos do ‘tarifaço’, diz Lemann

13 abr 2025, 11:13 - atualizado em 13 abr 2025, 11:13
Lemann
Jorge Paulo Lemann participou da 11ª edição da Brazil Conference, evento anual organizado por estudantes de Harvard e do MIT (Imagem: Divulgação/Fundação Lemann)

O ‘tarifaço’ do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciado no início do mês, trouxe muitas incertezas e ainda é cedo para avaliar a duração e impactos provocados pela medida, na avaliação do empresário Jorge Paulo Lemann

“As coisas estão confusas demais para o meu gosto. Acho que é bom provocar um pouco algum abalo, sacudir as estruturas, mas acredito que que agora está agitado demais e ninguém sabe o que virá”, disse Lemann na Brazil Conference, evento organizado por estudantes brasileiros na Universidade de Harvard e no MIT, neste sábado (13). 

Lemann reforçou que o momento atual é de “esperar para ver”. “Não dá para saber quais serão os resultados. Podemos ter desdobramentos positivos, mas também consequências muito disruptivas”, afirmou Lemann. 

Para ele, “vai acabar tudo bem”, mas “ninguém sabe exatamente [como]”. 

  • Relembrando: No início de abril, Trump anunciou tarifas adicionais de 10% sobre todos os produtos exportados para os EUA, além de uma taxa recíproca para alguns países — sendo a China com maior alíquota, de 34% até então. Nesta quarta-feira (9), dia em que todas as taxas entrariam em vigor, Trump ‘voltou atrás’, suspendeu as taxas adicionais por 90 dias e reduziu a alíquota das tarifas recíprocas para 10%, com exceção da China — elevando a tarifa para 145% sobre os produtos chineses. Em retaliações, a segunda maior economia também elevou as taxas, impondo a alíquota de 125% sobre os bens e mercadorias fabricados nos EUA. No último sábado (12), o governo norte-americano isentou as taxas sobre smartphones, computadores e outros eletrônicos.

O empresário brasileiro também disse que continua acreditando muito nos Estados Unidos, assim como na filosofia do país e nos empreendedores norte-americanos.

Com patrimônio estimado em US$ 16,6 bilhões, Lemann é sócio do 3G Capital, filantropo e a terceira pessoa mais rica do Brasil, segundo o ranking da Forbes 2025. 

*Com informações de agências

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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