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Leilão de transmissão de energia: Risco ou oportunidade de investimento?

30 jun 2022, 12:34 - atualizado em 30 jun 2022, 12:34
Leilão de transmissão de energia
Transmissoras tradicionais, como Alupar e Transmissão Paulista, devem se destacar com leilão (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O leilão de transmissão de energia tem potencial de se configurar como um evento positivo para as empresas com exposição no negócio de transmissão, afirma o analista da Genial Investimentos, Vitor Sousa.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza, nesta quinta-feira (30), a licitação de 13 blocos de concessões para ativos de transmissão de energia, em maior leilão do segmento desde 2018.

Segundo Sousa, da Genial, as condições adversas de mercado — como o aumento das taxas de juros, oscilação nos preços das commodities metálicas e incertezas macroeconômica — devem ser encaradas como benéficas aos papéis do setor de energia, “por mais contraditório isso deva parecer”.

Ele explica que desde o momento que a Aneel melhorou os parâmetros para os leilões de transmissão, em 2016, as disputas foram sempre muito competitivos desde então. Tal competição se acirrou devido ao interesse natural de players com diversos perfis, como fundos de capital fechado (private equities) e construtoras locais.

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Quais ações saem ganhando?

Na leitura da Genial, tendo em vista as condições macroeconômicas adversas, redução da liquidez global, tamanho e quantidade dos lotes oferecidos, imaginamos que tal cenário pode acabar por reduzir o interesse de players não convencionais do setor e, eventualmente, reduzir a competição no evento”, avalia.

O analista ainda pontua que, nesse cenário, pode abrir uma oportunidade interessante para os players tradicionais do setor de energia, principalmente aqueles com amplo acesso ao mercado de capitais.

A Genial destaca as transmissoras tradicionais, principalmente Alupar (TRPL4) e Transmissão Paulista(TRPL4), que tendem a conseguir aumentar sua rentabilidade através de reduções de custo e antecipações do prazo previsto para entrada em operação. Dentre as demais, Engie (EGIE3) é um nome a ser acompanhado.

Para Alupar, os analistas ressaltam que o case é interessante, pois a empresa tem entregado projetos com antecipação média de quase 1 ano ao mesmo tempo que tem gastado 20% a menos do que seu nível de investimentos estimado pela Aneel.

“Outra estratégia interessante é a busca por sinergias operacionais com linha próximas”, recomendam.

Veja as recomendações da corretora:

Empresa Ticker Recomendação Preço-alvo
Alupar ALUP11 Comprar R$ 35
Transmissão Paulista TRPL4 Manter R$ 27
Taesa TAEE11 Vender R$ 36
Engie EGIE3 Manter R$ 49

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