Setor Elétrico

Leilão de energia A-6 supera expectativas e contrata 2,9 GW

18 out 2019, 16:54 - atualizado em 18 out 2019, 17:25
Após quase quatro horas e meia de disputa, o certame registrou preço médio de 176,09 reais por megawatt, o que representou deságio de 33,73% frente aos preços teto definidos pela licitação (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O leilão de energia A-6 contratou nesta sexta-feira usinas que somarão 2,9 gigawatts em capacidade instalada, um volume que superou expectativas de analistas e deverá representar investimentos de cerca de 11,16 bilhões de reais para implementação dos projetos, que deverão iniciar operações em 2025.

Após quase quatro horas e meia de disputa, o certame registrou preço médio de 176,09 reais por megawatt, o que representou deságio de 33,73% frente aos preços teto definidos pela licitação, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

A expectativa de contratação variava entre 500 MW e 800 MW, bem abaixo dos quase 3 GW contratados.

“Estamos hoje festejando, os analistas de mercado de energia até ontem estimavam um volume muito abaixo. Conseguimos uma compra quase duas, três vezes dos valores previstos”, disse o secretário de Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros, a jornalistas.

Segundo ele, com essa contratação, haverá energia suficiente para atender o crescimento do país.

Para o secretário, o nível de contratação do leilão desta sexta-feira poderá se repetir a partir de 2020 ou até aumentar.

Entre as empresas vencedoras, apareceram a brasileira Eneva, com a térmica Nova Venécia, de 92,2 megawatts

“Nossa expectativa para 2020 é que se mantenha nesse patamar, até porque estamos hoje com reforma da Previdência ainda incompleta, reforma tributária por vir, reforma administrativa… em 2020 vamos estar com outro nível de situação no país. E aí não se trata de nenhum ufanismo, nenhuma visão mais otimista, é em cima dos dados de que dispomos”, destacou.

Entre as empresas vencedoras, apareceram a brasileira Eneva (ENEV3), com a térmica Nova Venécia, de 92,2 megawatts, a francesa Voltalia, com ao menos dois parque solares, num total de 80 megawatts, e a norueguesa Statfrakt, com projeto eólico de 75,6 megawatts, entre diversas outras, segundo relatório da CCEE.

Usinas eólicas foram a fonte com maior volume negociado, com 1,04 gigawatt em capacidade, seguidas pelas termelétricas a gás, com 734 megawatts, e pelos parques solares, com 530 megawatts.

Mas a licitação também contratou 445 megawatts em usinas hídricas e cerca de 230 megawatts em térmicas a biomassa.

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