Cemig

Leilão da Cemig gera dúvida sobre apetite chinês por Cesp, diz Credit Suisse

27 set 2017, 17:53 - atualizado em 05 nov 2017, 13:54

O resultado do leilão da Cemig (CMIG4) revela uma notícia desconfortável para a Cesp (CESP6), que adiou mais uma vez o seu processo de privatização este ano. Isso porque o comportamento da chinesa Spic Pacif Energy PTY, que apresentou proposta apenas pela usina de São Simão e não pelas outras três, revela que o apetite das empresas do país pode estar menor.

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“Com relação a este ponto, destacamos uma leitura negativa para a Cesp, cujo leilão de privatização foi suspenso, já que mesmo projetos com uma atratividade relativa muito maior (concessões de 30 anos, sem passivos no nível de ativos) não conseguiram atrair interesse adicional de players chineses”, explicam os analistas do Credit Suisse Vinicius Canheu e Arlindo Carvalho.

O grupo chinês Spic Pacif Energy PTY levou São Simão por R$ 7,18 bilhões, ágio de 6,51%. Venceu a disputa pelo segundo lote, referente à hidrelétrica Jaguara, em Minas Gerais e São Paulo, o Consórcio Engie Brasil Minas Geração, por R$ 2,17 bilhões, ágio de 13,59%.

O Consórcio Engie também arrematou o terceiro lote, da hidrelétrica de Miranda, Minas Gerais, por R$ 1,36 bilhão, ágio de 22,42%. O último lote, de Volta Grande, em Minas Gerais e São Paulo, foi arrematado pela Enel Brasil S.A., com ágio de 9,84% e valor de R$ 1,4 bilhão. Todos os contratos têm prazo de 30 anos.