Legacy contrata novos gestores e economista do Itaú em expansão
Uma das mais bem-sucedidas novas gestoras brasileiras, a Legacy Capital está aproveitando o distanciamento social para expandir o time.
Criada em 2018 e já uma das maiores gestoras independentes do Brasil, a Legacy contratou quatro novos executivos para sua equipe de gestão, disse Felipe Guerra, diretor de investimentos, em entrevista. Eles vêm de empresas como Morgan Stanley e Itaú, além de gestoras rivais.
“Enquanto todo mundo está em casa, desacelerando, estamos expandindo e queremos sair mais fortes dessa quarentena”, disse Guerra, que supervisiona cerca de R$ 13,5 bilhões em ativos.
Antonio Moura Andrade, ex-diretor executivo do Morgan Stanley em Nova York, ingressou na mesa de volatilidade e derivativos da gestora. Roberto Prado, economista sênior do Itaú, liderará a equipe de pesquisa econômica global, trabalhando com Pedro Jobim, economista-chefe e sócio fundador da Legacy.
Patrick Pereira, da NEO Investimentos, comandará a mesa de ações locais da Legacy. Pereira também trabalhou como parte da equipe de pesquisa de ações da Verde Asset Management.
Outro gestor de portfólio vai se juntar à Legacy nas próximas semanas após o término de seu período de “garden leave“, trabalhando com Gustavo Pessoa, outro sócio fundador da empresa. Guerra disse que espera contratar outros dois gestores de ações no futuro.
Guerra, Jobim e Pessoa trabalharam juntos por anos na unidade brasileira do Banco Santander, onde Guerra passou oito anos como diretor de Tesouraria, antes de fundar aLegacy.
Leia mais sobre outras contratações recentes na indústria de fundos do Brasil
A Legacy se destacou no ano passado entre os maiores fundos multimercado brasileiros, apesar de ser o mais novo da lista. O principal fundo da empresa teve um retorno total de 15% em 2019, superando cinco de seus maiores pares e a taxa de referência do CDI, que retornou cerca de 6%. Com a crise, o retorno caiu este ano para -0,6% mas vem se recuperando desde a mínima de março.