AgroTimes

Governo quer ampliar arrecadação com LCA, mas não endereça controle de gastos, diz Arton

12 jun 2025, 10:42 - atualizado em 12 jun 2025, 10:45
Lca taxação agronegócio (2)
(iStock.com/rkankaro)

O Governo Federal propôs nesta semana a taxação de 5% para os rendimentos de Letras de Crédito Imobiliário (LCI)Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)A decisão foi vista com maus olhos por diferentes segmentos, principalmente o agronegócio.

Para a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a medida compromete uma fonte essencial de crédito rural e deve fazer com que o consumidor pague essa conta.

Na visão de Raphael Vieira, co-head de investimentos da Arton Advisors, a decisão é mais uma tentativa de ampliar a base de arrecadação do Governo para 2026, sem qualquer avanço correspondente na agenda de controle de gastos.

“O governo segue gastando sem limites, e quem arca com essa conta é o setor produtivo. Esse aumento descontrolado das despesas públicas não só pressiona a manutenção de juros elevados, como também leva a medidas como o aumento do IOF ou o fim da isenção para as LCAs. Além disso, intensifica a imprevisibilidade do ambiente econômico, dificultando ainda mais o acesso a funding para empresas e investimentos”, explica.

‘A taxação das LCA é pior que o aumento do IOF’

Segundo Vieira, o mercado ainda está digerindo o impacto exato nos lastros e disponibilidade de LCA pelos bancos, e ainda é cedo para definir se o título de renda fixa deixa de ser atraente.

“Isso vai depender da dinâmica de preços do ativo nesse novo ambiente. Mas, sem dúvidas, a taxação das LCAs prejudica muito mais o o agro do que o aumento de IOF, uma vez que o funding para o setor vindo dos bancos pode ser impactado significativamente por essa medida”. 

O co-head de investimentos da Arton comenta o fim da isenção de impostos para LCA, a depender do impacto nas taxas oferecidas pelos bancos aos clientes, pode limitar a disponibilidade de empréstimos das instituições financeiras para o setor agrícola. “Com isso, cresce o custo de financiamento de um dos setores mais importantes da nossa economia”.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual — toda semana, com curadoria do Money Picks

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar