Layoffs em tecnologia: Por que as demissões em massa entre os profissionais de TI é uma ‘economia burra’?
As empresas que realizaram demissões em massa no setor de tecnologia apontam a redução de custos como uma das justificativas para os layoffs na área.
Contudo, de acordo com o DPO do Grupo Skill, Diogo Fernandes, o método que ficou conhecido como uma “economia burra” é ineficiente. Isso porque, ele poupa gastos no primeiro momento mas implica em gastos ainda maiores depois. O famoso barato que sai caro.
“Com o passar do tempo, é esperado que falhas e interrupções comecem a acontecer. A internet fica indisponível por 30 minutos hoje, o sistema fica instável por uma hora amanhã, e assim vai”, exemplifica.
Fernandes diz ainda que, no final do mês, ou do ano, especula-se um gasto altíssimo com a improdutividade, gerada pela instabilidade da infraestrutura, o que invalida a economia feita inicialmente.
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Layoffs em tecnologia: qual a saída?
Fernandes menciona que a tentativa de economizar com os cortes em TI é compreensível, visto que não é barato ter um funcionário especialista em cada uma das áreas do setor.
Entretanto, uma alternativa para poupar recursos e garantir a produtividade da empresa é a contratação de soluções especializadas.
“Hoje em dia existem empresas que fornecem como serviço um ‘pacote’ de infraestrutura e disponibilizam um especialista para todas essas áreas, tirando das organizações a ‘dor de cabeça’ das instabilidades e também dos gastos excessivos com contratações”.
As demissões resolvem os problemas?
João Zanocelo, head de produto e co-fundador da BossaBox, diz que com as demissões, os problemas das empresas de tecnologia não necessariamente são resolvidos.
Zanocelo destaca que, além da redução de custos, existem outros desafios relacionados a área de tecnologia e produto. Para ele, mesmo com a redução de gastos, é preciso revisitar a forma como as coisas são feitas em algumas empresas.
“Muitas áreas têm pouca visibilidade da performance de seus times para entender como melhor alocar essa força de trabalho, e o problema pode persistir mesmo com uma equipe mais enxuta”, explica.