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Lava Jato denuncia ex-auxiliar de Yousseff em caso que envolve Camargo Corrêa

12 dez 2019, 16:20 - atualizado em 12 dez 2019, 16:20
Lava Jato
Conforme a denúncia, o pagamento das vantagens indevidas ocorreu por intermédio da realização de operações de lavagem de dinheiro (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

A força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) no Paraná ofereceu denúncia contra Waldomiro de Oliveira, um ex-auxiliar integrante do grupo do doleiro Alberto Yousseff, pelo crime de lavagem de dinheiro que tinha como objetivo ocultar propina da empreiteira Camargo Corrêa em contratos da Petrobras (PETR4), informou o MPF nesta quinta-feira.

A acusação criminal sustenta que administradores da Camargo Corrêa pagaram 5,6 milhões de reais em propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e ao Partido Progressista, por intermédio de Yousseff e de Waldomiro de Oliveira, com a intenção de beneficiar a empresa e não a contrariasse na execução de contratos da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Os valores iniciais da obra somavam 4,7 bilhões de reais.

Conforme a denúncia, o pagamento das vantagens indevidas ocorreu por intermédio da realização de operações de lavagem de dinheiro, notadamente o repasse de valores por duas empresas, lastreadas em notas fiscais e contratos ideologicamente falsos.

“Responsabilizar operadores financeiros que contribuem de forma significativa para a ocultação e a manutenção de esquemas de pagamentos de propinas é fundamental para o combate ao crime organizado e à macrocriminalidade. Essa é a vigésima oitava ação penal oferecida pela Lava Jato em Curitiba nesse ano e ainda há muito trabalho pela frente”, disse o procurador da República Felipe D’Elia Camargo, integrante da força-tarefa do MPF, em nota.

Em nota, a Camargo Corrêa destacou que a denúncia teve como base delação da empreiteira. “O objeto da denúncia foi tema da colaboração da Construtora Camargo Corrêa, que foi a primeira empresa do setor a firmar acordo com as autoridades e vem colaborando de forma contínua desde então”, informou.

A Reuters ainda não obteve comentário da Petrobras e do Partido Progressista a respeito da nova denúncia. A reportagem procura também contato com a defesa de Waldomiro de Oliveira.

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