Lava Jato atinge clímax e Rodrigo Maia surge como “tampão” possível, diz Arko Advice
A Lava Jato chegou ao clímax com a delação da JBS desde o seu início em 2014, avalia o diretor de estratégia da consultoria Arko Advice, Thiago de Aragão. “Ainda não tinha surgido nada que pudesse superar a revelação das conversas entre Dilma Rousseff e Lula”, ressalta especialista em análise de risco político.
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Ele ressalta que muitos em Brasília já se questionavam sobre o porquê de Joesley Batista estar “tão livre” imaginando o teor bombástico que poderia ter atingido a sua delação. Agora sabemos, contudo, que até o termo “bombástico” parece pouco para a reação do mercado e do Congresso Nacional.
O dólar disparou 7,9%, negociado a R$ 3,38, e o Ibovespa derreteu 8,8%. Na política, PPS e o Podemos já anunciaram a saída da base aliada do governo. Em declaração à nação, Michel Temer, enfatizou que não irá renunciar.
Aragão entende que, como está, o caminho de saída menos traumático para a crise atual seria a cassação da chapa Dilma-Temer, que deverá ser votada pelo TSE no próximo dia 6 de junho.
“Para o TSE, precisamos de uma conjunção de pressão popular e da imprensa para que o Tribunal seja a válvula de escape”, ressalta.
Nesta premissa, o presidente da Câmara assumiria por 30 dias e, caso consiga andar com as reformas, “poderia se capitalizar para ser o tampão até o fim do ano que vem. É o primeiro nome que viria a mente”, diz.