Latam registra lucro líquido ajustado de US$ 174,4 milhões no 4T24; CEO aponta otimismo para lidar com cenário macro
A Latam reportou um lucro líquido ajustado de US$ 174,4 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), conforme o balanço divulgado pela aérea nesta sexta-feira (31), o que representa uma alta de 1,8% em comparação com o mesmo período de 2023.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos de reestruturação ou de arrendamento (Ebitdar) ajustado alcançou US$ 865,9 milhões, avanço de 28,2% na base anual. A margem Ebitdar foi de 25,5%.
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Em coletiva de imprensa realizada após a divulgação, Jerome Cadier, CEO da Latam, enfatizou que os números de 2024 foram recordes para a companhia, no entanto, reconhece que o ambiente de alta volatilidade do câmbio, inflação doméstica em alta e impostos crescentes podem gerar um impacto no crescimento.
Apesar disso, a companhia aponta otimismo na capacidade de enfrentar estes tempos.
A companhia aérea transportou 82 milhões de passageiros ao longo de 2024, um número recorde, segundo apresentado pela empresa. No quarto trimestre de 2024, a capacidade (ASK) da companhia aumentou 11,8%, enquanto a receita por assentos-quilômetro oferecidos (RASK) caiu 10%.
No período entre outubro e dezembro de 2024, a Latam registrou US$ 3,3 bilhões em receita, um crescimento de 4,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O lucro operacional da companhia atingiu US$ 463,3 milhões, um avanço de 31,4%, enquanto a margem operacional subiu de 10,8% para 13,6%. As despesas operacionais totalizaram a US$ 2,93 bilhões, alta de de 1,1% no ano.
No acumulado de 2024, a companhia lucrou US$ 977 milhões, um crescimento de 68% na comparação com 2023.
“Alto engajamento dos colaboradores, recorde no índice de satisfação de clientes, essa combinação leva a margens muito saudáveis, que é o que vocês estão vendo nos resultados financeiros”, afirma Cadier.
Endividamento da Latam
O endividamento da Latam apresentou recuo, tendo em vista o indicador que mede a dívida líquida em relação ao Ebitda, baixando de 2,1 vezes em 2023 para 1,7 vez no ano passado.
A companhia encerrou 2024 com uma dívida bruta total de US$ 7,2 bilhões e uma dívida líquida de US$ 5,2 bilhões. Segundo a latam, não há riscos de refinanciamento no curto prazo.
“Os vencimentos relevantes de prazo mais próximo estão programados para 2029 e 2030”, diz.
