Larry Fink, CEO da BlackRock, sugere que idade de aposentadoria seja repensada e cita perda de confiança de jovens
Em sua carta anual aos investidores da BlackRock, Larry Fink, CEO da gestora de investimentos globais e fiduciária, afirmou que os efeitos do envelhecimento populacional nos sistemas de aposentadoria estão no radar, além de ter citado a perda de confiança que os jovens sentem em relação às gerações passadas.
“Eles [jovens] acreditam que a minha geração – os Baby Boomers – focaram em seu próprio bem-estar financeiro, em detrimento dos próximos. No caso da aposentadoria, eles estão certos”, afirmou Fink.
Para o CEO, é necessário que as gerações passadas auxiliem as atuais a economizar o suficiente para o futuro.
“Nós focamos muita energia em ajudar as pessoas a viverem mais, mas nem uma fração desse esforço é gasto em auxiliá-las a pagar por esses anos a mais.”
Avanços médicos pressionam redes de aposentadoria
Fink também questionou se a idade de 65 anos ainda deve ser a noção convencional de quando as pessoas se aposentam, já que, à medida que as pessoas vivem mais, auxiliadas por avanços na medicina, as redes de proteção previdenciária ficam cada vez mais estressadas.
Nos Estados Unidos, aos 67 anos, os nascidos após 1960 são considerados em plena idade de aposentadoria. Enquanto isso, no Brasil, a idade mínima de aposentadoria passou para 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, após mudanças em 2019.
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Mais da metade dos ativos da BlackRock são destinados à aposentadoria, auxiliando aproximadamente 35 milhões de americanos, o que representa mais ou menos um quarto dos trabalhadores do país, a investir para o restante das suas vidas, mesmo após pararem de trabalhar.
“Durante os próximos meses, a BlackRock anunciará uma série de parcerias e iniciativas para ajudar milhões a conseguir a aposentadoria”, afirmou a carta.