Laranja tem, faltava rendimento. Agora, a Cargill entra na pectina, onde só havia a CP Kelco
A inauguração da nova fábrica da Cargill especializada na extração pectina tem razão de ser no Brasil.
Junto com outra multinacional americana, a CP Kelco, com unidade em Limeira, é razoável acreditar que novas tecnologias embarcadas demonstrem que esse emulsor e estabilizante tenham rendimento superior com a casca de laranja.
E em laranja o Brasil é o maior produtor mundial.
Até agora, a CP Kelco, pertencente a Huber Company, estava sozinha desde que comprou a brasileira Citropectina.
Maurício Mendes, consultor em citrus, pensa que o produto da laranja – utilizado como insumo para produtos alimentícios finais, como geléias -, tenha produtividade mais próxima do maior rendimento da pectina do limão siciliano.
O Brasil é praticamente nulo nessa espécie de citrus.
No caso da Cargill, segundo informações divulgadas pela gigante em trading e agroindústria, os investimentos de R$ 500 milhões em Bebedouro (SP) vai dar suporte também à demanda das três indústrias que mantêm na Europa.
E que, ainda, necessita importar casca de laranja brasileira para suprir a oferta.