Banco Central Europeu (BCE)

Lane defende aumentos menores dos juros pelo BCE à frente, segundo MNI

21 nov 2022, 9:47 - atualizado em 21 nov 2022, 9:47
Economista-chefe do BCE, Philip Lane 27/09/2019.
Lane sugeriu que o próximo aumento de juros será menor do que as altas recordes de 75 pontos-base implementadas nas duas últimas reuniões do BCE, mas não será o último (Imagem: REUTERS/Gary He)

O Banco Central Europeu elevará os juros novamente em dezembro e no próximo ano para conter a inflação, mas esses aumentos podem ser menores do que os mais recentes, disse o economista-chefe do banco, Philip Lane, em entrevista publicada nesta segunda-feira.

Com a taxa de inflação em dois dígitos, o BCE elevou os juros em 200 pontos-base em apenas três meses a partir de mínimas recordes, e deve enxugar parte dos trilhões de euros injetados no sistema financeiro nos últimos anos.

Lane sugeriu que o próximo aumento de juros será menor do que as altas recordes de 75 pontos-base implementadas nas duas últimas reuniões do BCE, mas não será o último.

“Uma plataforma para considerar uma alta muito grande, como 75 pontos, não existe mais”, disse Lane, segundo o MNI. “Quanto mais você já fez em uma base cumulativa, isso muda as vantagens e as desvantagens de qualquer incremento.”

Ele disse que o BCE não está prestes a interromper seu ciclo de alta, mas “irá agir no momento apropriado para incrementos menores” e reduzirá sua carteira de títulos, a parte principal de sua política de estímulo da última década, de uma maneira “mais mecânica”.

“Não acho que estaremos interconectando reunião por reunião a decisão sobre a taxa de juros com o ritmo (dos reinvestimentos de títulos) nos próximos dois meses”, disse Lane. “Deve ser provavelmente mais mecânico do que isso.”

Ele indicou uma inflação mais alta no próximo ano do que o BCE esperava em setembro, à luz dos preços de energia mais elevados e déficits governamentais, e disse ainda que as perspectivas para 2024 e 2025 são mais mistas.

“Para esses anos, a previsão terá que equilibrar o fato de que a inflação tem um efeito indireto, por exemplo, no mecanismo salarial”, disse Lane. “Mas, por outro lado, temos o fato de que as condições financeiras são muito diferentes do que tínhamos na previsão de setembro.”

Siga o Money Times no Facebook!

Conecte-se com jornalistas e leitores do Money Times. Nosso time traz as discussões mais importantes do dia e você participa das conversas sobre as notícias e análises de tudo o que acontece no Brasil e no mundo. Clique aqui e comece a seguir a página do Money Times no Facebook!

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
reuters@moneytimes.com.br
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar