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La Niña ‘fraco ou moderado’ promete efeito tardio; entenda

10 jul 2024, 15:47 - atualizado em 10 jul 2024, 15:47
la nina clima
O fenômeno climático, que deve ser marcado por intensidade fraca ou moderada, promete impactar semeadura; os reflexos do La Niña (Foto: Reuters/Agustin Marcarian)

O La Niñacaracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na faixa equatorial, promete ser marcado por fraca a moderada intensidade, e deve começar um pouco mais tarde do que o habitual.

O fenômeno climático, que deve ser marcado por fraca a moderada intensidade, promete entrar em vigência no final do inverno (setembro), segundo a Climatempo.

Dessa maneira, os efeitos do La Niña devem ganhar força na primavera e verão. De acordo com a meteorologista da vertical agro da Climatempo, Nadiara Pereira, o principal alerta fica para soja no interior do Brasil.

“Os produtores precisam ter cautela para iniciar a semeadura e devem acompanhar as previsões para iniciar o plantio quando houver um indicativo de chuvas suficientes para garantir aumento e manutenção da umidade no solo para o desenvolvimento do cultivo”, explica.

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O que é o La Niña e quais são os seus efeitos?

O fenômeno La Niña tem como efeitos mais comuns elevar as chuvas entre as regiões Norte e Nordeste, o que beneficia a fronteira agrícola do Matopiba (Matogrosso, Tocantins, Piauí e Bahia).

No Sul do Brasil, ocorre o oposto. Normalmente, o La Niña aumenta o risco para estiagem, em especial para o Rio Grande do Sul, com redução de produtividade em cultivos como soja e milho, devido à falta de umidade.

Já na parte central do país, incluindo áreas produtoras do Sudeste e do Centro-Oeste, os efeitos desse fenômeno não são tão marcados, mas uma das principais características que pode afetar a distribuição das chuvas nesta região é que o La Niña intensifica e prolonga o período seco.

Isso acarreta em um risco maior de atraso na regularização das chuvas no início da primavera, o que pode atrasar o plantio da soja. Além disso, o fenômeno tem impactos na temperatura.

Por ser um fenômeno de resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, esse resfriamento gradualmente é transferido para a atmosfera e com essa mudança, aliada a mudanças na circulação geral da atmosfera, aumenta o risco para o avanço de ondas de frio mais intensas e tardias sobre o Centro-Sul do país.

Esse cenário, segundo a meteorologista da Climatempo, aumenta o risco de geadas especialmente no Sul do Brasil, mas que eventualmente podem atingir áreas do Sudeste e do Centro-Oeste, especialmente São e MS, onde cultivos como cana de açúcar, café e citros podem ser afetados.

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