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La Niña ‘arrastado’ deve chegar em setembro; entenda o que muda

01 ago 2024, 9:00 - atualizado em 31 jul 2024, 16:07
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Com o La Niña ocorrendo mais tarde, os efeitos devem ser mais sentidos apenas no fim da primavera; entenda (Imagem: Unsplash/@timothyfiji)

O La Niña, que está atrasado em 2024, de acordo com as últimas projeções da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), deve se confirmar em setembro.

De acordo com a Climatempo, o fenômeno climático deve ser de intensidade fraca, com os efeitos clássicos não tão marcados no Brasil.

“Não devemos ter uma seca intensa nos estados do Sul e, para a faixa Norte e Nordeste, o aumento da chuva não deve ser tão significativo como costuma ser em anos de atuação do fenômeno. Com o La Niña ocorrendo mais tarde, os efeitos devem ser mais sentidos apenas no fim da primavera. Normalmente, o fenômeno atrasa a chuva de primavera, o que não deve ser visto em 2024”, explica Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo.

O fenômeno climático é caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na faixa equatorial, reduzindo a ocorrência de ondas de calor.

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Alertas para áreas produtivas com La Niña

O meteorologista da Climatempo ressalta que não devemos ver um atraso no início no período úmido. No entanto, setembro e o começo de outubro podem apresentar chuvas mais irregulares sobre o Brasil central.

“Existe a possibilidade de geadas tardias, principalmente no Sul. Estas geadas não devem ser tão intensas a ponto de causar danos expressivos na agricultura, mas é necessário ficar atento”, pontua.

Segundo Borges, ainda é necessário monitorar principalmente as condições do Oceano Atlântico, que podem ter uma influência maior durante a primavera e o verão . “Como o La Niña será mais fraco em alguns períodos, outras forças climáticas podem se sobrepor aos seus efeitos”.