Kroton é o aluno mais problemático da turma da Cogna, segundo BB Investimentos
Com alguns dias de atraso, o BB Investimentos se manifestou sobre o desempenho da Cogna (COGN3) no segundo trimestre e suas perspectivas para os próximos meses. Melina Constantino, que assina o relatório, reforçou a avaliação de outras instituições de que, se quiser que o mercado lhe dê uma boa nota, a companhia deverá promover grandes mudanças na Kroton.
A Kroton é a empresa que representa o grupo no ensino universitário, e administra nove marcas neste segmento, como Anhanguera, Pitágoras, Unopar e Fama. O problema, segundo o BB Investimentos, é que a pandemia impôs a necessidade de repensar profundamente o modelo de negócios da Kroton.
Na lista de tarefas, estariam medidas como a redução do número de campi (hoje, em 176), a renegociação de contratos e a migração do portfólio para cursos mais premium, como medicina, odontologia e direito.
Esperar para ver
“O foco é tornar a Kroton mais rentável, com maior geração de caixa e menor exigência de capital”, afirma Constantino. A mesma lógica leva o BB Investimentos a apostar na expansão do ensino a distância, “com cursos que podem entregar qualidade com menores custos e maior flexibilidade.”
O BB Investimentos pontua que a reestruturação da Kroton ainda está longe de terminar e, embora possa impactar os resultados de curto prazo, é preciso algo mais concreto para elevar o potencial de valorização das ações.
Por isso, a analista cortou o preço-alvo dos papéis para 2021 de R$ 8 para R$ 7, e rebaixou a recomendação de compra para neutra, “dado que consideramos não haver upside relevante em relação ao preço corrente.”