Kroton deixará de ser o bicho papão do setor educacional
O dia do investidor da Kroton (KROT3) realizado ontem (11) revelou que a empresa, conhecida pelo crescimento via fusões e aquisições – a maior sendo a da Anhanguera Educacional -, irá se dedicar ao avanço orgânico daqui para frente e com o foco direcionado para o segmento de graduação.
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Vale lembrar que a decisão vem após a aquisição da Estácio (YDUQ3) ter sido vetada pelo Cade no final de junho deste ano.
A empresa separou R$ 1 bilhão para ampliar a geração de caixa desta maneira até 2028, com a adição de 650 mil novos alunos na graduação. Os analistas do Credit Suisse Tobias Stingelin, Leandro Bastos e Pedro Pinto ressaltaram que a vontade de crescer com as próprias pernas foi a mensagem mais importante do evento.
“Além disso, a administração também enfatizou seu objetivo de se tornar mais “digital” e forneceu detalhes sobre projetos para aumentar a retenção de estudantes (crucial e mais relevante do que aumentar a eficiência) e melhorar a coleta, ambas as quais devem ser completamente desenvolvidas durante o ano de 2018”, explicam os analistas.
A Kroton destacou em sua apresentação que a ambição de cinco anos é de se tornar a mais digital e inovadora empresa de educação do mundo. “Iniciativas de GO DIGITAL estão transformando a jornada do aluno ao longo de todo o seu ciclo acadêmico”, ressaltou a companhia.
“Curiosamente, este ano não houve dúvida sobre o programa privado de financiamento de estudantes da empresa (PEP e FEP), que foi uma grande preocupação em 2017. No geral, acreditamos que a Kroton permanece bem posicionada e capitalizada para continuar crescendo nos próximos anos em meio a um mercado em evolução (ou seja, menos FIES, mais financiamento privado, desregulamentação EAD, concorrência feroz)”, ressalta o Credit Suisse.
A recomendação é outperform (compra), com o preço-alvo de R$ 16.