Internacional

Kremlin nega alegações de envolvimento de Putin na queda do voo MH17

09 fev 2023, 10:55 - atualizado em 09 fev 2023, 10:55
Vladimir Putin
Na primeira reação de Moscou à acusação, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia “não pode aceitar” os resultados da investigação, uma vez que não participou do processo (Imagem: Sputnik/Sergey Guneev/Pool via REUTERS)

O Kremlin rejeitou nesta quinta-feira as conclusões dos promotores internacionais que investigam a queda do voo 17 (MH17) da Malaysia Airlines, que disseram ter encontrado “fortes indícios” do envolvimento do presidente russo, Vladimir Putin, no incidente.

Os promotores disseram na quarta-feira em Haia que encontraram “fortes indícios” de que Putin havia aprovado o uso de sistemas de mísseis russos BUK que foram usados para derrubar o avião sobre o leste da Ucrânia em 2014.

Na primeira reação de Moscou à acusação, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia “não pode aceitar” os resultados da investigação, uma vez que não participou do processo.

Ele também disse que os investigadores não apresentaram provas publicamente.

O MH17 foi abatido por um sistema de mísseis russo BUK enquanto sobrevoava o leste da Ucrânia durante um voo de Amsterdã a Kuala Lumpur em 17 de julho de 2014, matando todos os 298 passageiros e tripulantes, incluindo 196 cidadãos holandeses.

Na época, separatistas apoiados pela Rússia lutavam contra as forças ucranianas pelo controle da região leste de Donbass.

Os promotores citaram telefonemas interceptados para suas conclusões, mas disseram que as evidências do envolvimento direto de Putin, ou de outras autoridades russas, não eram conclusivas o suficiente para buscar uma condenação criminal e suspenderam a investigação.

A Rússia negou repetidamente o envolvimento do Estado na queda do MH17.

Peskov rejeitou nesta quinta-feira as evidências apresentadas pelos investigadores.

“Sabemos que foi publicada uma gravação de um suposto telefonema… em que não se fala uma única palavra sobre armas. Mesmo supondo que essa conversa seja real… não há uma palavra sobre armas. Ninguém publicou mais nada, então é impossível dizer qualquer coisa”, disse Peskov a repórteres.