Kremlin não espera acordos em cúpula Putin-Biden, mas diz que conversas ajudam
Uma reunião entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu colega norte-americano, Joe Biden, em Genebra na quarta-feira dificilmente produzirá resultados concretos, mas as conversas serão úteis mesmo assim, disse um assessor do Kremlin.
Os dois se encontrarão pela primeira vez desde que Biden se tornou presidente dos Estados Unidos, e a relação bilateral está em seu pior momento em anos.
O assessor de política externa de Putin, Yuri Ushakov, disse aos repórteres que a pauta – independentemente do comunicado final – foi confirmada em sua conversa telefônica com o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, na segunda-feira.
A estabilidade nuclear, a mudança climática, a segurança cibernética e o destino de cidadãos norte-americanos presos na Rússia e russos prisioneiros nos EUA estarão em pauta, segundo o assessor do Kremlin.
“Não estou certo de que se chegará a qualquer acordo. Vejo esta reunião com otimismo prático”, disse Ushakov aos repórteres em comentários liberados para publicação nesta terça-feira.
Biden, que em março chamou Putin, um ex-agente do KGB, de assassino, sustenta que a Rússia pratica um comportamento inaceitável em diversas frentes.
Ele também fala dos “dilemas” russos: seu colapso econômico pós-soviético, o que classificou como interferência indevida na Síria e problemas com a Covid-19.
Em um telefonema de abril, ele propôs uma cúpula com Putin para lidar com as disputas.