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Kremlin diz que ucranianos sofrerão se Europa enviar tanques à Ucrânia

23 jan 2023, 8:02 - atualizado em 23 jan 2023, 8:02
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“Mas é claro que todos os países que participam, direta ou indiretamente, do envio de armas à Ucrânia e do aumento de seu nível tecnológico são responsáveis (pela continuação do conflito)”, acrescentou Peskov (Imagem: Sputnik/Valeriy Sharifulin/Pool via REUTERS)

O Kremlin disse nesta segunda-feira que o povo ucraniano sofrerá se o Ocidente enviar tanques para apoiar Kiev, enquanto a questão sobre se os tanques Leopard de fabricação alemã serão transferidos para a Ucrânia continuava sem solução.

Os Estados Unidos e seus aliados não conseguiram, durante as conversações da semana passada na Alemanha, convencer Berlim a fornecer seus tanques de batalha Leopard para a Ucrânia, uma exigência chave de Kiev ao tentar dar um novo impulso em sua luta contra as forças russas.

Berlim disse que, caso se chegasse a um consenso, permitiria aos aliados transferir os Leopards de seus próprios arsenais para a Ucrânia. Mas mesmo isso parecia ser inconclusivo.

Perguntado sobre o assunto em uma coletiva de imprensa diária na segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as divisões na Europa sobre o fornecimento de tanques para Kiev mostraram que havia um “nervosismo” crescente dentro da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“Mas é claro que todos os países que participam, direta ou indiretamente, do envio de armas à Ucrânia e do aumento de seu nível tecnológico são responsáveis (pela continuação do conflito)”, acrescentou Peskov.

“O principal é que é o povo ucraniano é quem pagará o preço por todo esse pseudo-apoio”, disse ele.

No início da segunda-feira, o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, disse que seu país poderia enviar tanques Leopard para a Ucrânia como parte de uma coalizão de países, mesmo sem a permissão da Alemanha.

A Alemanha não se interporia no caminho se a Polônia enviasse seus tanques Leopard 2, de fabricação alemã, para a Ucrânia, disse a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, no domingo em uma entrevista ao canal de televisão francês LCI.