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KPMG e Aspen Digital divulgam relatório sobre interesse de Family Offices em ativos digitais

29 out 2022, 16:00 - atualizado em 28 out 2022, 16:22
Bitcoin BTC KPMG Family Office
(Imagem: Pexels/Karolina Grabowska)

A KPMG da China, junto com Aspen Digital, gestora focada em ativos digitais, divulgaram nesta semana sua primeira pesquisa que busca abordar o interesse de investidores afortunados e family offices em criptoativos.

A pesquisa, chamada “Family office and high net worth investor perspectives on digital asset allocation” (Perspectivas de family office e investidores de alto patrimônio líquido sobre alocação de ativos digitais), buscou entender em quais criptoativos essa classe de investidores estariam investindo o patrimônio.

O relatório foi assinado por Paul McSheaffrey Sócio, Serviços Financeiros da KPMG China e pelo Yang He, CEO e Cofundador da Aspen Digital.

O documento trouxe insights interessantes sobre o tema. “Nos últimos 18 meses, vimos um enorme aumento de investidores institucionais interesse em ativos digitais. Para a indústria asiática de gestão de patrimônio privado, ativos digitais representam uma classe de ativos emergentes com oportunidades que são incomparável em outros produtos financeiros”, disse Yang He.

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Insights da KPMG sobre Family Offices e ativos digitais

Logo de cara, o relatório adianta o que todos os entusiastas de cripto gostariam de ouvir: os olhares de ambas classes de investidores para o mercado cripto cresceram, apesar do bear market em que o cenário é encontrado atualmente.

Conforme disposto na introdução do documento, o relatório foi baseado em uma pesquisa com 30 Family Offices (FOs) e investidores de alto patrimônio (HNWIs) em Hong Kong e Singapura realizados no segundo trimestre deste ano, bem como discussões com os respondentes da pesquisa e outras partes interessadas.

A pesquisa descobriu que 92% dos entrevistados estavam interessados ​​em ativos digitais, sendo que 58% dos “FOs” e “HNWIs” já estão investindo e 34% planejam entrar nesse mercado.

“Em nosso estudo, 64% dos entrevistados investem em ativos digitais para capturar potencial positivo, enquanto 35% o fazem devido aos retornos comparativamente baixos dos instrumentos financeiros tradicionais, como ações e títulos.”

A tese de investimento que direciona o aporte desses investidores é majoritariamente uma visão de potencial de lucro, além da perspectiva do cenário atual.

A última razão é composta por uma combinação de que, apesar do cenário econômico não estar favorável, muitos institucionais estão entrando nessa classe de ativos. O resultado é uma visão de longo prazo otimista por parte dos Familys Offices e investidores de alto patrimônio.

A indústria também tem visto um enorme desenvolvimento em termos de infraestrutura e aquisição de talentos, segundo o documento. “A demanda por talentos de alta qualidade de prestadores de serviços deverá continuar.”

No que tange às dificuldades em investir nos ativos digitais, os entrevistados da pesquisa observaram o ambiente regulatório global em evolução e as dificuldades na avaliação precisa.

Paul McSheaffrey, sócio da KPMG China, comenta no documento que os investidores institucionais buscam um regime regulatório claro que possibilite a negociação de ativos digitais.

“Muitas jurisdições estão começando a licenciar exchanges e corretores que lidam com ativos digitais, proporcionando mais segurança regulatória e portanto, conforto aos investidores institucionais”, diz.

“No entanto, ainda podemos esperar mais desenvolvimentos à medida que os reguladores começam a considerar regimes específicos que atendem especificidades dos ativos digitais”, conclui.

Além disso, os entrevistados também compartilharam preocupações sobre a tão famigerada volatilidade do mercado.

Onde e quanto os Family Offices e grandes investidores alocam o portfólio?

Apesar do número de interessados entre ambas as classes de criptoativos aumentar significativamente, a proporção dos ativos digitais no portfólio deles ainda é pequena.

Conforme exposto, cerca de 20% dos entrevistados estão alocando de 10% a 20% de seus portfólio para ativos digitais, mas para a maioria (60%), os ativos digitais compõem menos de 5% de sua carteira.

“É provável que a proporção permaneça relativamente pequena, com 40% dos entrevistados informando que pretendem investir de 5% a 10% de seu portfólio em ativos, enquanto 33% dizem que querem que a proporção permaneça abaixo de 5%”, conta o documento.

A pesquisa aponta que todos entrevistados detém Bitcoin (BTC) e a maioria também possui Ethereum (ETH) no portfólio. Além disso, estão abertos para entrar no mundo das finanças descentralizadas (DeFi) e tokens relacionados ao metaverso.

A justificativa mais ouvida em relação aos dois últimos interesses são de que ambos os setores ganharam a atenção do mainstream e apresentam enorme potencial de crescimento.

“As três principais áreas de interesse para eles no que diz respeito aos ativos digitais são reserva de riqueza, finanças descentralizadas e tokens/metaverso não fungíveis.”

Um investidor de alto patrimônio disse que, em particular, está otimista com a escalabilidade e o ecossistema do Ethereum após o The Merge.

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