KLBN11, JBSS3, SUZB3 ou BRFS3? Frigorífico e ação de celulose dividem pódio entre as mais recomendadas do agro para 23 analistas

As ações da  JBS (JBSS3) e Klabin (KLBN11) estão na liderança entre as ações do agro mais recomendadas para o mês de agosto na visão de 23 analistas, com, seis recomendações cada, segundo levantamento do Money Times.

Enquanto o frigorífico deve ser destaque graças às fortes margens de aves, a ação de celulose parece uma opção confiável para analistas em meio a mercados voláteis e sob um cenário de real mais fraco.

Fechando o pódio, está a Suzano (SUZB3), com cinco indicações, e que divulga seus números referentes ao 2t24 nesta quinta-feira (8). Além dessas empresas, Cosan (CSAN3) e BRF (BRFS3) também tiveram indicações.

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JBS deve ser destaque no 2T24

O Goldman Sachs espera que a JBS reporte números fortes no 2T24, com a diversificação da companhia sustentando o forte momentum do setor de aves. A ação da JBS acumula valorização de 29,84% em 2024.

Com isso, o banco, que recomenda compra, com preço-alvo de R$ 38,60, elevou seu Ebitda no trimestre em 15%, para R$ 8,437 bilhões, 14% acima do consenso da Bloomberg, assim como das expectativas dos investidores.

Com uma normalização dos ganhos, um mix diversificado, uma sólida geração de fluxo de caixa livre (R$ 9,6 bilhões em 2024e), melhora da alavancagem (abaixo de 2,5x até o final do ano de 2024e), valuation (5,0x EV/Ebitda) pouco exigente e gatilhos positivos no curto prazo, como a listagem dupla das ações, o Goldman Sachs enxerga a ação como a melhor história de risco-retorno no setor de proteína animal.

Para o BTG Pactual, que também espera números fortes para o frigorífico, impulsionado pelo setor de aves, a BRF (BRFS3) deve ser a estrela do trimestre, com a projeção de que o Ebitda atingirá um novo nível recorde trimestral impulsionado pelas margens em suas operações internacionais.

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“A dinâmica dos lucros da BRF está certamente a seu favor, mas a nossa recomendação neutra (R$ 13) baseada em valuation ainda se mantém”, explicam Thiago Duarte, Bruno Lima e Guilherme Guttila.

Klabin agrada analistas apesar de números abaixo do consenso

A Klabin (KLBN11) reportou um lucro líquido de R$ 315 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24) e anunciou R$ 410 milhões em dividendos. O montante representa uma queda de 68% ante o mesmo período em 2023, em que a companhia havia lucrado R$ 971 milhões. O número veio abaixo das estimativas reunidas pela Bloomberg, que apontavam lucro líquido de R$ 744 milhões.

Segundo o BTG Pactual, os números colocaram a Klabin em uma posição favorável em comparação com grande parte do seu universo de cobertura. No acumulado do ano, a ação avança 5,32%

“A Klabin continua sendo uma empresa bem gerida, de baixo beta e com crescimento diversificado. Estamos cada vez mais otimistas em relação à companhia, considerando-a uma opção confiável em mercados voláteis e sob um cenário de real mais fraco”, apontam Leonardo Correa, Caio Greiner e Bruno Lima.

Na avaliação da XP Investimentos, que mantém sua recomendação neutra (R$ 24,50), o sólido desempenho de custos mitiga parcialmente a pressão de preços esperada para a divisão de celulose, embora a queda de curto prazo da celulose continue sendo a principal preocupação dos investidores.

Já o Itaú BBA, que recomenda compra (preço-alvo de R$ 26), viu números fortes, destacando o Ebitda ajustado de R$ 2,1 bilhões, alta de 24% na comparação trimestral, de 53% anual e 3% acima das estimativas do banco.

As ações mais indicadas para julho

Entre as 17 companhias listadas na B3 que integram a carteira recomendada do agronegócio, 5 tiveram ao menos uma recomendação de compra para agosto.

Levantamento

O levantamento do Money Times foi realizado com base em informações de carteiras recomendadas de ações divulgadas por 23 instituições. Para agosto, foram indicadas 5 ações do agro, somando 22 recomendações.

Participaram do levantamento: Ágora Investimentos, Ativa, Andbank, BB Investimentos, BTG Pactual, CM Capital, Daycoval, EQI Research, Empiricus Research, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Itaú BBA, Levante, MyCap, Nova Futura, PagBank, Planner, RB Investimentos, Rico, Safra, Santander, Terra Investimentos e XP Investimentos.