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Klabin versus Suzano: quem gera mais caixa (e mais dividendos)?

22 nov 2021, 13:36 - atualizado em 22 nov 2021, 14:57
Suzano Papel e Celulose
Preço da celulose deve subir em 2022, beneficiando o caixa das gigantes do setor (Imagem: Facebook/Suzano)

O setor de papel e celulose deve continuar aquecido em 2022, aponta o Santander em relatório enviado a clientes.

Segundo os analistas Rafael Barcellos e Arthur Biscuola, o preço da commodity ficará na casa dos R$ 560 por tonelada no próximo ano. Com isso, as gigantes de celulose, como Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3), devem ser amplamente beneficiadas. Mas qual oferece mais vantagens?

Para a dupla, a Suzano é a melhor opção, visto que a companhia pode gerar fluxo de caixa livre (FCF), mesmo considerando os gastos com o projeto Cerrado. Lembrando que o indicador está diretamente ligado ao potencial de pagamento de dividendos. 

Atualmente, os analistas calculam que os preços das ações da Suzano e da Klabin refletem o preços da celulose em cerca de US$ 440 por tonelada, os quais estão próximos aos níveis de sua baixa histórica.

“Vemos com otimismo um possível ciclo de reabastecimento de celulose na China, o que potencialmente leva a um risco de alta nos preços da celulose no curto prazo”, completam.

Por que comprar Klabin e Suzano

Além dos motivos citados, o Santander elencou mais quatro pontos para ficar otimista com os papéis da Klabin e Suzano:

  • assimetria;
  • iniciativas de crescimento ativas;
  • balanços sólidos;
  • tendências macroeconômicas favoráveis;

Ativa também mantém otimismo

Para a Ativa, a Klabin conta com as condições necessárias para aplicar reajustes de preços, levando em conta sua dinâmica atual nos mercados papel cartão, containerboard e papelão ondulado.

A corretora recomenda a compra da unit, com preço-alvo de R$ 34, implicando no potencial de alta de 47%, com base no valor de fechamento a R$ 23,06 no dia 16 de novembro.

Uma vez que a Klabin consiga reajustar os preços de seus produtos, a Ativa aumenta suas expectativas com relação à geração de caixa.

Para que o potencial de alta seja entregue, o analista Ilan Arbetman explica que a Klabin precisa executar um exitoso processo de desalavancagem, “sobretudo se os resultados de Puma II se mostrarem favoráveis”.