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Klabin tem queda após registrar lucro 73% menor no terceiro trimestre

29 out 2018, 13:45 - atualizado em 29 out 2018, 13:45

Por Investing.com – Na parte da manhã desta segunda-feira, as ações da Klabin (KLBN11) operam com desvalorização de 1,8% a R$ 18,59, com os investidores reagindo aos números trimestrais divulgados pela companhia, que ficaram dentro do esperado pelo mercado. No período, a companhia teve queda de 73% a R$ 104 milhões. Por outro lado, o resultado operacional ajustado da companhia de papel e celulose subiu 66 por cento no período.

A Coinvalores destaca que a companhia se beneficiou do câmbio desvalorizado e do bom momento do mercado de celulose para entregar um sólido resultado. O volume vendido da Klabin apresentou leve crescimento, com elevação no volume de celulose compensando a retração nas vendas de papéis e embalagens.

Os analistas destacam que a receita da companhia evoluiu 26% na comparação anual e o EBITDA saltou 66% com os custos sob controle. Outro destaque no trimestre foi a redução da alavancagem da companhia, com o fim do ramp up da unidade Puma e boa elevação do EBITDA. O indicador dívida líquida / EBITDA ficou em 3,4x, contra 4,4x há doze meses e 3,9x há apenas três meses. Apesar disso, a corretora entende que os números vieram dentro do esperado.

Resultado

Apesar do volume de vendas da empresa ter avançado 1 por cento na comparação anual, a receita disparou 26 por cento, para 2,8 bilhões de reais, impulsionada pela desvalorização do câmbio local e maiores preços de produtos vendidos.

A Klabin teve um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,25 bilhão de reais ante 750 milhões um ano antes.

Segundo a companhia, o preço médio de venda de celulose de fibra curta no terceiro trimestre subiu 20 por cento na comparação anual e no mercado de fibra longa o incremento foi de 37 por cento. Enquanto isso, o preço de papel kraftliner cresceu 11 por cento.

A companhia afirmou que a sua fábrica de celulose no Paraná (Puma) elevou a produção em 14 por cento no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2017, para 404 mil toneladas, um volume “acima de sua capacidade nominal” e que ajudou a reduzir o custo fixo da unidade.

O custo caixa de produção de Puma foi de 628 reais a tonelada, queda de 8 por cento sobre um ano antes. A rival Fibria (FIBR3) divulgou dias antes cifra de 584 reais a tonelada e a Suzano (SUZB3) apurou 619 reais.

A Klabin encerrou o terceiro trimestre com dívida líquida de 12,8 bilhões de reais, alta de 15 por cento sobre o mesmo período do ano passado. A relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado em reais caiu de 4,4 para 3,4 vezes enquanto em dólares o recuo foi de 4,4 para 3 vezes.

Com Reuters