Klabin revisa projeções após China endurecer restrição a plástico
A decisão da China de proibir plásticos de uso único até o final deste ano está levando a Klabin (KLBN11) a avaliar uma possível aceleração de seus planos de investimento.
O maior produtor e exportador de embalagens de papel do Brasil acaba de contratar uma empresa de consultoria para recalcular as projeções sobre a demanda global, Flavio Deganutti, que lidera os negócios de papel da empresa, disse em entrevista em São Paulo.
“Nós já estávamos esperando essa mudança na China, mas somente para 2022”, disse ele. “Isso nos pegou de surpresa.”
A China, maior consumidor de embalagens do mundo, disse no início deste mês que as embalagens plásticas não degradáveis seriam proibidas em supermercados e shoppings das principais cidades, bem como na onipresente indústria de entrega de alimentos do país, até o final deste ano.
Antes do anúncio, a Klabin tinha definido que em dois anos teria em escala industrial um sistema de aplicação de barreiras ou filmes biodegradáveis em papel para fazer frente à demanda crescente de substituição de embalagens plásticas com resistência a umidade, ao calor, cheiro e etc.
“Vai ser uma transformação estrutural no mercado”, disse Deganutti. “Dois anos era o prazo que víamos para a consolidação desse segmento. Esse recente movimento da China vai acelerar isso.”